PM de Embu-Guaçu é condenado em um dos seis casos de estupro que é acusado
O soldado da polícia militar, André Roberto Vieira Alves, 30 anos, do 25º Batalhão de Itapecerica da Serra foi condenado a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado pelo primeiro dos seis casos de estupro praticados por ele, segundo a denúncia, na Estrada Boca da Onça, bairro Itaquaciara em Embu-Guaçu. O julgamento aconteceu no mês de junho. Outros três casos já estão no Fórum da cidade, mas ainda não tem datas marcadas para serem julgamentos.
A sentença foi lida pelo juiz Gabriel Pires de Campos Sormani no Fórum de Itapecerica da Serra. O meritíssimo considerou para aumento de 1/6 da pena, a dificuldade / tornou impossível a proteção da vítima, tratando-se de um homem forte, treinado, policial militar, armado e em um lugar ermo.
Ainda salientou que é necessário que ele cumpra a pena em regime inicialmente fechado, medida que persiste desde o fundamento da prisão preventiva decretada, por necessidade de garantia de ordem pública, havendo notícia de que o acusado teria estuprado outras cinco vítimas.
Nos autos consta a acusação da vítima que teve seu exame de DNA positivo aos espermatozóides de Vieira. Ela afirmou que foi estuprada pelo acusado, ameaçada e xingava diversas vezes por ele.
Já o policial, em seu depoimento negou que tenha estuprado a vítima e disse que saiu com ela, com seu consentimento. Ele a acusou de vingança, porque ele não quis mais ter um “caso amoroso” com ela.
“Ele não conseguiu comprovar, em momento algum, que namorava a vítima”, ressaltou o delegado Marcelo Santos Silva, que investiga os crimes.
De acordo com o delegado, dois laudos ainda são aguardados para a finalização dos inquéritos policiais. Nenhuma dessas vítimas fez o exame de DNA, mas serão realizados exames indiretos com elas. Apesar disso, Silva ressaltou que o acusado será indiciado pelos seis estupros, uma vez, que todas as vítimas, reconheceram sem sombra de dúvidas o soldado como autor dos estupros que aconteciam, segundo testemunhas, há dois anos – veja mais aqui.
Se condenado, em todos os casos, ele poderá ser expulso da polícia militar onde trabalha há quatro anos e cumprirá pena de até 30 anos. O soldado está preso no Romão Gomes, presídio onde os integrantes da corporação cumprem os crimes praticados.
Denúncia
De acordo com a denúncia, Vieira Alves, estuprava as vítimas em horário de folga e a paisana. O acusado passou a ser chamado de “maníaco do bosque”, uma vez que segundo a denúncia, atacava as vítimas em uma área de mata.
“Os carros que ele utilizava (Vectra preto [até o começo do ano] e o gol prata, além do tapete), foram reconhecidos pelas vítimas. Bem como sua aparência física [pessoalmente e por fotografia], roupas, voz e revólver utilizado por ele para ameaçar as vítimas”, detalhou o Doutor Marcelo Silva.
O modo de abordagem (no ponto de ônibus), local dos estupros (Estrada Boca da Onça), ameaças com um revólver para entrar no veículo e mesmo dizeres: “conheço sua família. Não olha pra mim e se você não me obedecer vou te matar”, também foram relatados pelas vítimas em seus depoimentos e serviu para o fortalecimento de provas contra o suspeito, segundo o delegado.