DNA confirma: PM de Embu-Guaçu estuprou vítimas
Duas das seis vítimas que acusam o soldado da polícia militar, André Roberto Vieira Alves, 30 anos, do 25º Batalhão de Itapecerica da Serra, de estupro na Estrada Boca da Onça, bairro Itaquaciara em Embu-Guaçu já tiveram os resultados dos exames de DNA revelados. As amostras coletadas das vítimas são coincidentes (iguais) com o espermatozóide do policial, portanto o resultado confirmou que ele, realmente, estuprou as vítimas.
O Delegado, Marcelo Santos Silva, que investiga o crime, afirmou que ainda falta o resultado do exame de DNA de uma vítima. As demais, segundo ele, não coletaram amostras. Apesar disso, Silva ressaltou que ele será indiciado pelos seis estupros, uma vez, que todas as vítimas, reconheceram sem sombra de dúvidas o soldado como autor dos estupros que aconteciam, segundo testemunhas, há dois anos.
“O 1º laudo positivo já condenou o policial. Os resultados foram conclusivos para afirmar que foi ele mesmo quem estuprou as vítimas. O reconhecimento das vítimas e os resultados já são mais do que suficientes para condená-lo”, afirmou o delegado. Silva explicou ainda que um dos inquéritos já está finalizado e em fase de processo, os outros cinco, por sua vez, estão em fase de finalização e após isso serão instaurados contra o soldado.
O julgamento de Viera Alves ainda não foi marcado. Se condenado ele poderá ser expulso da polícia militar onde trabalha há quatro anos e cumprirá pena de até 30 anos. O soldado está preso no Romão Gomes, presídio onde os integrantes da corporação cumprem os crimes praticados.
Denúncia
De acordo com a denúncia, Vieira Alves, estuprava as vítimas em horário de folga e a paisana. O acusado passou a ser chamado de “maníaco do bosque”, uma vez que segundo a denúncia, atacava as vítimas em uma área de mata.
“Os carros que ele utilizava (Vectra preto [até o começo do ano] e o gol prata, além do tapete), foram reconhecidos pelas vítimas. Bem como sua aparência física [pessoalmente e por fotografia], roupas, voz e revólver utilizado por ele para ameaçar as vítimas”, detalhou o Doutor Marcelo Silva.
O modo de abordagem (no ponto de ônibus), local dos estupros (Estrada Boca da Onça), ameaças com um revólver para entrar no veículo e mesmo dizeres: “conheço sua família. Não olha pra mim e se você não me obedecer vou te matar”, também foram relatados pelas vítimas em seus depoimentos e serviu para o fortalecimento de provas contra o suspeito, segundo o delegado.