Estudantes e professores protestam na Câmara contra violência em escolas de Taboão

Estudantes e professores do comitê Contra a Violência de Taboão da Serra, criado para cobrar providências das autoridades competentes sobre a onda de crimes ocorridos no entorno das escolas estaduais da cidade movimentaram a sessão desta terça-feira, 18, da Câmara Municipal. Eles saíram da praça Nicola Vivilechio em direção à Câmara trazendo cartazes em repetindo palavras de ordem contra à violência. Eles pedem uma série de medidas para a inibição da ação de criminosos em frente e no entorno das escolas estaduais do Guaciara, Jardim Roberto, Freitas Júnior entre outras.

Provocados a se posicionar sobre o assunto pelo grupo de manifestantes os vereadores fizeram discursos de apoio e elogios ao movimento, mas, acabaram partidarizando a questão fazendo da violência palanque eleitoral. Os que apóiam o governo municipal lembraram que a segurança pública é dever constitucional do Estado, já os de oposição disseram que a municipalidade deve solucionar problemas como a má iluminação e poda de arvores que acabam prejudicando a segurança.

"A manifestação de vocês é positiva, mas é bom lembrar que a segurança é responsabilidade do governo do Estado. Nós fomos no procurar o secretário de segurança e ele nem recebeu a gente", falou Macário. "A prefeitura e a Citeluz tem que garantir a iluminação pública já que todos nós pagamos uma taxa alta por ela", disparou Olívio. 


Depois de muito discursar os vereadores aprovaram um requerimento cobrando da prefeitura e do governo estadual as reivindicações dos estudantes e professores para melhorar a segurança no entorno da comunidade escolar de Taboão. O documento aprovado na Casa será remetido às autoridades competentes.

Não é de hoje que os moradores reclamam da insegurança crescente em Taboão. As estatísticas recentes divulgadas pelo governo do Estado comprovando o crescimento da violência mostrou o que a população já vinha sentindo pele há meses: a falta de segurança, veja aqui.

Munidos de faixas e mega-fone os estudantes, professores e representantes da Apeoesp se concentraram na Praça Nicola Vivilechio no centro da cidade e seguiram para a Casa de Leis. Frases de protestos e pedidos de segurança para estudar deram o tom da manifestação. A segunda realizada por eles – relembre aqui.

No documento entregue aos vereadores constam as seguintes reivindicações: iluminação nas ruas das escolas e ao entorno, poda de árvores que atrapalha na iluminação, presença permanente da ronda da GCM, a partir de um diálogo com comitê da comunidade escolar para determinar horários e procedimentos para lidar com alunos e, por fim melhorias e reformas das ruas de acesso, como o recapeamento.

De acordo com integrantes do Comitê a segurança não se resume somente em polícia, uma vez que desde o dia 10, diariamente a ronda acontece na escola Edgar Francisco, primeira unidade de ensino que foi alvo dos criminosos. Leia aqui  e aqui .

“O policiamento inibiu a ação dos assaltantes, mas as condições para a criminalidade continuam. Por isso fazemos as reivindicações, por não temos condições mínimas para estudar”, afirmaram os alunos.

 "A gente tem que vir cobrar porque se depender deles (vereadores) não acontece nada", completou outro.

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