Embu das Artes faz o primeiro intercâmbio de saúde
Com reconhecida experiência no cuidado às pessoas com transtorno mental e/ou necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, Embu das Artes, com proposta antimanicomial para tratamento, iniciou em 22/7, o seu primeiro intercâmbio de saúde. O programa Saúde Mental na Atenção Básica se estenderá por um ano, com participação de representantes dos municípios de Araçuaí (MG), Eunápolis (BA), Guapimirim (RJ), Moju (PA), Terezina (PI) e Torres (RS). Esse é o primeiro grupo de dez profissionais, dos 120 que virão à cidade em dez meses, sendo dez de cada localidade, para o treinamento.
A proposta do intercâmbio, uma parceria entre o
Ministério da Saúde e o Governo Municipal, por meio da Secretaria de
Saúde/Centro de Atenção Psicossocial (Caps), é a troca de experiências entre as
equipes, fortalecendo a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) de cada localidade,
compartilhando a produção coletiva de conhecimento.
Durante um mês, os dez profissionais cumprirão
amplo cronograma de atividades. Considerando que a saúde mental não está
dissociada da saúde geral e as demandas estão presentes em diversas queixas, em
especial da Atenção Básica, os profissionais têm o desafio de perceber e
intervir sobre essas questões. Daí a importância desse treinamento.
“Pretendemos discutir que a saúde mental
não exige necessariamente um trabalho para além daquele já demandado aos
profissionais de saúde, mas que esses profissionais precisam incorporar ou
aprimorar competências de cuidado em saúde mental na sua prática diária,
de tal modo que suas intervenções sejam capazes de considerar a
subjetividade, a singularidade e a visão de mundo do usuário no processo
de cuidado integral à saúde”, esclarece Kátia Paiva, coordenadora de Saúde
Mental, da Secretaria Municipal de Saúde.
Espera-se que os profissionais dos outros
municípios compreendam qual o modelo de saúde discutido em Embu das Artes, com
uso de estratégias para as intervenções, como redinhas – espaço para
debate entre profissionais dos segmentos de saúde, educação, segurança (GCM),
assistência social e outras organizações da região –, reuniões dos conselhos
gestores, rodas de conversas, fórum intersetorial de direitos humanos, roda de
terapia comunitária, dentre outras atividades contempladas no cronograma.
Depois do desenvolvimento do programa na cidade,
profissionais locais, responsáveis pela proposta, visitarão os outros
municípios para realização de oficinas de atualização de 40 horas/aula em cada
um deles.
Prefeitura da Estância Turística de Embu das Artes