Jornalismo: um amor renovado a cada matéria
Não sei destacar o momento em que decidi virar jornalista, mas tenho plena convicção que nasci para isso. Quando comecei a faculdade tive certeza que aquele era meu lugar. Me encontrei em meio a tantos alunos que, assim como eu, pensavam que podiam mudar o mundo, mas ao longo dos anos descobriram que podiam, apenas, lutar diariamente e incansavelmente por dias melhores, notícias bem apuradas e um trabalho bem feito.
Esse parece um discurso de Miss Universo (por um mundo melhor), mas creio que essa é uma vontade única de todo jornalista. Mesmo aquele que está cansado, trabalhando em um plantão de ano novo, cobrindo o trânsito ou em um domingo de sol cobrindo uma manifestação.
O jornalista é aquele que vive de notícia, que sai com o namorado (a) para ir ao cinema e no meio do caminho vê um acidente e estaciona, no meio da rua e com perigo de multa, para fazer matéria. Que recebe uma ligação de uma fonte e sai correndo de casa para pegar o furo antes do concorrente. Que pode esquecer de comer, mas nunca esquecer o gravador e a câmera em casa.
O nosso trabalho é a busca incessante por notícia. É ter um olhar aguçado para tirar de um lugar improvável uma matéria de interesse público. É olhar tudo de modo critico, porém saber criticar, sem envolver sentimentos e valores. É pôr em prática aquela famosa palavra: imparcialidade.
Se conseguimos ser sempre assim? É claro que não. Somos seres humanos, choramos, sofremos, nos revoltamos. Mas tudo isso deve ser feito de modo silencioso, sem alarde, sem bagunça.
Eu tenho milhares de ideais, crenças, valores e tantas outras coisas que cresci aprendendo e ainda vou aprender. Mas muitos deles devem ser guardados na minha cabeça, no meu coração. Busco sempre a dosagem da palavra, porque depois que ela é jogada ao vento pode se perder no caminho. E dependendo da forma que foi dita tem o poder de mudar uma vida.
Amo essa vida louca de transmitir uma notícia, a emoção de um furo e a satisfação de receber um elogio. Tenho consciência da responsabilidade que está em minhas mãos. O jornalista é um cirurgião de palavras que, se mexer em uma vírgula de forma inconsequente, pode acabar com a vida de alguém.
Todo esse meu prazer e dedicação ao jornalismo, eu devo ao estimulo e apoio que recebi dos mestres na graduação e pós graduação. E já exercendo a vida profissional ao Jornal na Net, que me ensinou a arte de ser repórter e fortaleceu a certeza que já carregava comigo há anos: escolhi a profissão certa.
As vantagens de fazer um jornal regional é ver o resultado do seu trabalho de perto. É escrever sobre a falta d’água e receber um agradecimento, porque, direta ou indiretamente, você ajudou aquele cidadão. É ser elogiada por vizinhos ou pessoas que você nunca viu, por uma notícia que teve impacto para ele, é ter diariamente a certeza que vale a pena ser jornalista, mesmo com todas as incertezas que surgem no caminho.
Eu tenho o imenso prazer de fazer parte do aniversário de seis anos do Jornal na Net e poder comer um pedaço deste bolo, que foi preparado com tanto amor e dedicação. A festa é do Jornal na Net, mas o presente é meu por aprender com pessoas como a Sandra Pereira, editora e fundadora do jornal, que se dedica 100% a arte de ser jornalista.
Um site que foi criado através de um sonho e é feito com tanto amor e dedicação, tem tudo para dar certo. O Jornal na Net busca, incessantemente, a imparcialidade e o bom senso na hora de escrever e tem o compromisso central com o seu leitor: de ser o melhor site de notícia da região.
Parabéns ao Jornal na Net! Tenho prazer em fazer parte dessa história!