Márcio Carra alega doença e não presta depoimento na fraude do IPTU de Taboão

Por Sandra Pereira | 6/03/2014

Estopim do escândalo da chamada fraude do IPTU de Taboão da Serra o ex-funcionário comissionado da prefeitura, Márcio Renato Carra, deveria prestar depoimento nesta quinta-feira, 6, no Fórum da cidade. Ele alegou problemas de saúde para não prestar depoimento. Cerca de 100 quilos mais magro Carra chamou a atenção de todos quando apareceu no local para se justificar. Todos os 26 acusados e seus advogados estiveram no Fórum para a oitiva que não aconteceu.  

O depoimento de Márcio Carra é uma das peças chaves do processo. Segundo a polícia quando ele foi preso confessou estar fazendo baixa indevida de imposto. Também teria sido ele uma das testemunhas que acabaram levando para a prisão vários acusados de participação no suposto crime. 

“Quando ele apareceu tão magro chamou a atenção de todo mundo. Ele não foi ouvido nesta quinta, mas terá de prestar depoimento outro dia. Esse processo é muito longo”, comentou um dos réus. 

Márcio Renato Carra foi preso em flagrante acusado de corrupção na tarde chuvosa do dia 18 de março de 2011, dentro da prefeitura, de onde foi levado a delegacia pela Guarda Civil Municipal. Segundo a polícia Carra estaria realizando baixa ilegal de tributos. Na mesa dele teriam sido encontrados e apreendidos vários documentos e inscrições que seriam orientações para realizar a baixa do imposto.

De acordo com a polícia em poucos minutos Márcio Carra teria realizado baixa indevida de  R$ 64 mil. À época ele foi detido com R$ 6 mil em dinheiro. 

"Ele inseria dados falsos e alterava dados verdadeiros no sistema de cadastrado informatizado da prefeitura municipal de Taboão. Ele dava baixa em impostos e tributos, dívida de terceiros, de forma fraudulenta e em prejuízo aos cofres públicos. Ele foi supreendido inserindo e alterando esses dados. O esquema é grande e será investigado", afirmou o delegado plantonista Anderson Filho ao Jornal na Net no dia da prisão de Márcio Carra. 

A próxima etapa do julgamento foi marcada para o dia 22 de maio, a partir das 10 horas. Ao que tudo indica o juiz Guilherme Lamas tem pressa em dar andamento ao processo que é um dos mais complexos da história da cidade.  

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