Evilásio, Félix e Eckstein não devem ir depor na fraude do IPTU em Taboão

Por Sandra Pereira | 20/01/2014

Testemunha de defesa de alguns dos 26 réus acusados de envolvimento na chamada fraude do IPTU de Taboão da Serra o ex-vereador Paulo Félix não vai depor nesta terça-feira, 21, como era esperado, no processo que apura a fraude. Ele disse que não recebeu nenhuma notificação para depor. Contou que conversou com o seu advogado e foi orientado a não comparecer ao Fórum. A decisão dele deve ser a mesma do ex-prefeito Evilásio Farias e do filho do ex-vereador Wagner Eckstein, o advogado Wagner Eckstein Júnior. 

“Moro em Taboão há 50 anos. Todos me conhecem e sabem onde me encontrar. Não fui notificado e não tenho como ir ao Fórum sem ser convidado”, disse o ex-vereador por telefone. 

Em outubro de 2013 o julgamento havia sido suspendo para a convocação de ambos. Falou-se inclusive que caso se recusassem a comparecer Paulo Félix e Evilásio poderiam ser conduzidos à revelia até o Fórum.

 Quem também foi arrolado da última vez e não havia sido intimado a depor foi o filho do ex-vereador Wagner Eckstein, o advogado Wagner Eckstein Júnior.

 Os três seriam as últimas testemunhas de defesa a serem ouvidas pela Justiça de Taboão da Serra. O depoimento de Paulo Félix está sendo considerado “estratégico” por alguns. Há quem acredite que o ex-vereador fará revelações que podem abalar a cidade. 

Todas as testemunhas de acusação arroladas já foram ouvidas. O ex-investigador chefe de Taboão da Serra, Ivan Jerônimo, uma das mais importantes teve seu primeiro depoimento anulado e não pode mais ser ouvido em razão do seu falecimento em condições ainda não esclarecidas. Após a oitiva das testemunhas de defesa o julgamento seguirá para as alegações finais, onde cada advogado apresenta seus memorais e posteriormente a Justiça define a sentença. 

O Jornal na Net apurou que quando uma testemunha não comparece para depor o juiz questiona o réu se ele quer mantê-la, em caso positivo a convocação ocorre de forma coercitiva, ou seja, o juiz agenda uma nova data e em caso de falta pode enviar a polícia pra conduzir a testemunha ao Fórum.

Ao que tudo indica está longe de chegar ao fim o julgamento dos 26 réus acusados de participação na chamada fraude do IPTU de Taboão da Serra.  

Uma das etapas consideradas mais importantes desse processo, segundo os advogados, é a realização da perícia criminal no sistema da Conam, empresa que administra o sistema de gestão de cadastro da prefeitura. A perícia ocorreu no dia 2 de dezembro. Os relatórios das perícias são aguardados com expectativa pelos advogados. 

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