Apesar da lei mais rígida moradores de Taboão ainda reclamam do barulho
O endurecimento da legislação não está sendo suficiente para garantir tranquilidade aos moradores de Taboão da Serra. A campanha “Pancadão Não”, veiculada pela prefeitura após a aprovação da lei de número 2173/13 com a finalidade de coibir o o uso de alto falantes instalados em automóveis, que incomoda moradores de toda a região com músicas e dizeres pesados, até amenizou mas não resolveu o problema, segundo os moradores. O motorista pego cometendo o crime pode ter o veículo recolhido e pagar multa de R$ 3 mil.
Bairros como Vila Yasi, Pirajuçara, Leme, Record, Saint Moritz e até o centro do município, são alguns dos locais mais atingidos pela prática de som alto em veículos. “Eu queria saber onde essa lei funciona, porque as pessoas simplesmente ligam seu som alto e não se importam com os outros ao redor”, ressaltou Wilson Moraes.
Segundo a Secretaria de Segurança, quem desobedecer a ordem e for flagrado descumprindo a Lei do Pancadão paga multa no valor de 3.000,00 e tem o equipamento apreendido. As apreensões acontecem quase diariamente, mas mesmo assim não é suficiente para impedir a prática do crime. O som alto continua a incomodar nos horários em que as famílias estão em seus lares e querem descansar.
“Tem horas que fica impossível assistir uma televisão, ler um livro e relaxar dentro da própria casa, é um absurdo esse som alto da molecada”, disse Giulia Ribeiro.
Desde que a lei foi implantada a Secretária de Segurança e a prefeitura diziam ter o mapeamento e saber quais eram os locais com maior índice de reclamações. Postos de gasolina, esquinas e até frente de alguns bares, já estavam na lista dos lugares com altos índices de reclamações. A Secretaria observa que desde a publicação da lei em julho de 2013 foram feitas várias autuações e apreensões. “Parece que a população não se intimida muito com essa lei não, porque continuam com bagunça”, disse Gilberto Silva.
Se tornou comum entre os motoristas jovens instalar em seus carros caixas de som potentes. É quase que uma competição entre eles, para ver quem equipa o veículo com mais capacidade de fazer barulho. “Ser obrigado a ouvir, e ainda de forma exagerada determinadas músicas é terrível, um tremendo absurdo”, disse Alberto Pereira.
Segundo a Secretaria de Segurança não há horário específico para perturbação do sossego. A qualquer momento dia ou da noite, se o cidadão se sentiu incomodado com o barulho excessivo, ele pode acionar a Guarda Municipal, por meio do telefone 153.