Projeto de reciclagem em Taboão da Serra une prefeitura e comunidade

Por Prefeitura Municipal de Taboão da Serra | 21/05/2010

Uma parceria inédita entre a Prefeitura de Taboão da Serra e os catadores de lixo vem trazendo bons resultados para o município. Através de um projeto dividido em três etapas, a prefeitura conseguiu mobilizar os funcionários públicos, formalizar uma cooperativa junto com os catadores da cidade e inaugurar uma Usina de Reciclagem. Tudo em apenas seis meses.

Ate o final do ano passado, não existia coleta seletiva em Taboão da Serra, os cerca de 1500 catadores trabalhavam de forma desorganizada e a comercialização do material era feita direto com o comprador. Com o objetivo de mudar este panorama, a Secretaria Municipal de Obras lançou a Campanha Recicla Fácil. Para iniciar os trabalhos, agentes da secretaria visitaram todos os equipamentos públicos do município para pedir adesão ao projeto solicitando que os prédios públicos passassem a separar o lixo orgânico do lixo comum.

Todo o lixo coletado é encaminhado para um galpão da prefeitura, onde já trabalham 130 catadores cadastrados na Cooperzagatti. A Cooperativa, estruturada também com apoio do governo em parceria com os catadores, leva o nome do famoso catador de sucatas do município que ficou conhecido por projetar filmes antigos para a comunidade, em sua própria casa.

Simultaneamente a este projeto, a prefeitura com recursos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) está construindo um galpão para receber a Usina de Reciclagem em uma área de 3500m². De forma experimental, a coleta seletiva já está sendo ampliada para condomínios, indústrias, bancos, comércios e já conta com a parceria de uma importante rede de supermercados.

Os catadores estão sendo capacitados por uma ONG, onde recebem aulas sobre cooperativismo, economia solidária e consultoria contábil e jurídica.   Em apenas seis meses o volume de material reciclado passou de 3 para 70 toneladas e 1467 pessoas já são beneficiadas. O que a Cooperativa pede agora é maior adesão da cidade ao projeto. A idéia é que até o final do ano os R$ 190,00 faturados por família salte para um salário mínimo.         

Estes dados refletem os esforços da equipe do projeto, que, com apenas três membros e seis meses de intervenção, está conseguindo implantar a coleta seletiva em equipamentos públicos e empresas de forma bastante satisfatória. Mais do que isso, o projeto está contribuindo com a minimização de resíduos gerados no município, e que tinham como destino final o aterro sanitário, junto aos resíduos domésticos convencionais.


Por Daniela Monteiro- Texto e Foto


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