Jovem vítima de machadadas surpreende ao acordar de coma em Itapecerica

O consultor ótico, Thiago Frade de 29 anos, surpreende médicos, familiares, amigos e conhecidos a cada mudança em seu quadro de saúde. As esperanças de recuperação dele só se redobram nos últimos dias, uma vez que após sete dias de coma profundo, ele conversa normalmente e reconhece a todos durante as visitas, pede alimentos, bebidas, brinca e movimenta o corpo inteiro. Ele foi vítima de dez machadadas em sua cabeça, há mais de uma semana (23), assim que desceu do ônibus, no ponto da rua Virgilio Busnello, centro de Itapecerica da Serra. No mesmo dia, ele foi submetido a cirurgia.

Thiago está internado na UTI do Hospital Geral de Itapecerica e seu estado de saúde ainda é grave. Os médicos não descartam seqüelas. Segundo familiares, ele acordou na tarde da última segunda (30), chamou sua mãe, pediu café e ainda, assustado falou o nome do acusado, ZUC. Neste mesmo dia, familiares, amigos e conhecidos dele se mobilizaram em frente à Delegacia em prol de justiça e receberam a notícia que pela manhã, a polícia chegou ao acusado, que está sob escolta policial em uma clínica psiquiátrica, de acordo com decisão judicial. Relembre matéria completa aqui.

Segundo o delegado Vítor de Jesus, o acusado Alcyr Camargo Tavares, conhecido como ZUC confessou o crime, porém não disse o motivo da agressão. Em entrevista ao R7, o doutor afirmou que embora ele negue a homofobia, ainda não está esclarecido. “Pelo visto, ele não vai afirmar nada a esse respeito, não vai declarar nada a esse respeito. Ele simplesmente alegou: ‘tive vontade de fazer, fui lá e fiz’”, frisou.

A vítima foi seguida por mais de dez quilômetros. Imagens do condomínio Village Las Palmas, onde Thiago reside com a família, mostram  ele saindo do condomínio logo pela manhã. Na sequência, o acusado aparece com sua motocicleta seguindo a vítima. Ponto a ponto, até ele descer. Parou a moto, logo à frente e atacou a vítima por trás. Os golpes foram praticados com um machado de artesão, uma ferramenta do próprio acusado, segundo relatou o irmão mais novo dele em depoimento prestado à polícia.

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Vítima sai de condomínio e é seguida por acusado em uma moto

O acusado teria usado de “artimanha” junto a seu advogado para provar que tem problemas psiquiátricos. O crime teria sido motivado por homofobia, às 8h30 da última segunda, uma vez que em depoimento de uma das irmãs da vítima, Larissa Frade, ZUC não aceitava gays e lésbicas. O acusado e o consultor eram vizinhos de parede no mesmo condomínio, há dez anos. Nunca haviam discutido e nem ao menos conversavam.  

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Acusado usou de "artimanha" junto ao advogado para provar que tem problemas psiquiátricos

Fotos R7.com 

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