Continua foragido acusado de assassinar jovem no estádio de Itapecerica

Continua foragido Henrique Robert Brito dos Santos, acusado de assassinar o jovem, Maurício Andrade Bicalho de 21 anos durante a semifinal de uma partida de futebol no Estádio Municipal de Itapecerica da Serra, há mais de duas semanas (no domingo, dia 15). O jovem foi morto com dois tiros um em sua cabeça e o outro no abdômen. Ele tinha passagem pela polícia por tráfico e também por posse de entorpecente. A polícia civil segue procurando o acusado de 18 anos e já expediu um mandado de prisão contra ele, segundo o delegado titular da cidade, Marcelo Santos Silva.

Henrique não tem passagem pela polícia e no momento do crime, estava na companhia de seu irmão, Erick Robson dos Santos, de 19 anos. A arma utilizada no crime, um revólver calibre 38, foi encontrada ao lado do corpo de Maurício. A motivação do crime, de acordo com a polícia, foi por causa de um óculos, que custa R$ 1.200,00. Uma semana antes do crime, dia 8 de setembro, Maurício teria tentado “resolver” uma briga entre outro jovem e o acusado. 

“Dia 8 de setembro, Juninho estava usando o óculos, que era dele e Henrique tentou tomá-lo. Maurício disse ‘deixa disso’, houve uma briga e foram embora. Na mesma semana, os irmãos foram até a casa do jovem assassinado cobrar a briga”, detalha a investigação.

Apesar de já ter passagem pela polícia, a mãe do jovem, Áurea Andrade afirmou em contato com a reportagem do Jornal na Net, que Maurício foi assassinado por motivo banal, uma vez que teria tentado “resolver” a briga, dias antes do crime. De acordo com ela, o filho e os dois irmãos se conheciam. A dupla teria ido discutir a briga na porta do jovem e “acabaram planejando o crime para dentro do estádio”, afirma.

“Meu filho não tinha nem ao menos como se defender. Havia quebrado o braço direito, passado por cirurgia e com gesso”, disse. Dona Áurea lamentou pelo filho não ter ido à missa naquele domingo. “Ele jogava no time e por causa do jogo não foi à missa. Quem dera tivesse ido. Talvez não tivesse morrido”, lamentou.

Em detalhes o boletim de ocorrência consta uma luta corporal entre a vítima e o assassino. Houve briga também entre o homem (Mário) de 39 anos e o acusado. Ele teria tentado defender a vítima, que era seu sobrinho, porém foi atingido por um disparo em seu abdômen. O terceiro atingido (Pablo) nada teria a ver com a briga, todavia passava pelo local, quando foi alvejado em sua perna. Ele foi submetido a cirurgia para a retirada da munição.

Os irmãos fugiram a pé. O público estimado em 1.500 pessoas, segundo a polícia, que lotava o estádio para acompanhar a partida já havia se dispersado quando o crime ocorreu, apesar disso os disparos assustaram muitos pais de família e moradores da cidade.


De acordo com testemunhas no momento do assassinato nenhuma viatura da polícia militar ou da Guarda Municipal fazia a segurança do local. Porém, o comandante, Fábio Pinto e subcomandante da GCM, Ramos afirmaram que receberam ordem de serviço para fazer a ronda e estacionamentos do estádio. “Das 9h às 9h45 uma viatura ficou estacionada. De lá, a viatura foi até o evento do padre Alberto (no Delfim Verde) e no retorno às 10h35, os guardas ouviram os disparos”, explicaram.

A perícia foi chamada e policiais civis realizaram diversas diligências pelo local. A ocorrência foi apresentada e investigada na Delegacia central da cidade.

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