Roubos a pedestres causam medo aos moradores e já somam 773 desde o início do ano em Taboão da Serra

O medo de serem vítimas de criminosos transforma a rotina dos diversos moradores de Taboão da Serra. Eles acabam convivendo, todos os dias, com o temor de terem uma arma apontada para suas cabeças, serem mortos e deixarem suas famílias desde o momento em que saem de suas residências para trabalharem. Devido à onda de roubos a pedestres os horários passam a ser outros e a troca de ponto de ônibus também passou a ser obrigatória para alguns dos moradores que também procuram andar acompanhados, independente dos horários. Entre janeiro a junho deste ano a cidade já registrou 773 praticas desse crime, de acordo com dados do Infocrim disponibilizados na Delegacia da cidade.

Os roubos são praticados em sua maioria por motoqueiros. As vítimas em especial são as mulheres. Delas os criminosos levam celulares, documentos, cartões e dinheiro. Para intimidar as vítimas eles utilizam armas de fogo e após ameaça conseguem o que querem e na maioria dos casos fogem, sem deixarem pistas. As vítimas na maioria das vezes, não passam as características dos acusados aos policiais, porque afirmam não saber pelo fato de agirem com capacete.

No último sábado, dia 8 o adolescente – I.K.D de 17 anos  foi apreendido em flagrante assim que roubou uma senhora na avenida Armando de Andrade, parque Santos Dumont. A vítima estava andando na rua de um supermercado, quando o acusado chegou pelas costas dela roubando a sua bolsa. Em depoimento à polícia ela contou que pediu ao menor para tirar as chaves de sua residência da bolsa, ele não permitiu e fugiu. Ela quem avisou a polícia, que ao chegar ao local realizou buscas e encontrou o acusado em um matagal.

Em abordagem, o armamento utilizado não foi encontrado, mas cartões e dinheiro dela foram apreendidos com ele. O acusado confessou a prática do roubo alegando que não estava conseguindo emprego e que precisava de dinheiro para comprar droga. 

É comum moradores das ruas Rolante e João Pereira dos Santos, no Jardim Record ouvirem gritos e mulheres chorando assim que são assaltadas. A mesma situação é constante nas ruas Dezenove de Fevereiro no Jardim Clementino e das Camélias, Parque Assunção. “Todo o dia roubos acontecem aqui, isso porque passa polícia”, afirma uma moradora que não quis se identificar. “Pais vão pegar seus filhos no ponto”, conta outro morador.

Os moradores do Record e Clementino já preparam um abaixo assinado para pedir que bases comunitárias sejam implantadas nas ruas João Pereira dos Santos, em uma praça existente no local, e Dezenove de Fevereiro. Eles pedem também para que a ronda policial seja constante nos bairros.

Dos 773 boletins de ocorrência registrados na Delegacia central, 62 roubos a pedestres aconteceram na Estrada Kizaemon Takeuti. A Rodovia Régis Bittencourt contabilizou 51 dos crimes, a Benedito Cesário de Oliveira 19 e a Estrada São Francisco, um a menos 18. Na sequência, 15 roubos foram praticados na avenida Ibirama e 13 nas ruas Vicente Pereira e João Batista de Oliveira.

11 roubos a pedestres foram registrados na estrada Tenente José Maria da Cunha e 10 na rua do Tesouro. A Cid Nelson Jordano e a Laurita Ortega Maria contabilizaram 9 crimes, já a rua Dezenove de Fevereiro, Teófilo Otoni e Estrada das Olarias, 8 casos cada uma. A Antônio de Oliveira Salazar, por sua vez 7.

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