Suspeito de matar empresário dos Jardins é preso em Embu das Artes

A Polícia Civil prendeu na sexta-feira, 22, em Embu das Artes, William Garcia dos Santos, 21 anos, suspeito de matar o empresário João Alberto de Camargo Cardoso, 70. No dia 27 de fevereiro, durante um assalto no bairro dos Jardins, na capital paulista, ele alvejou a vítima com três tiros, durante o roubo de um relógio avaliado em R$ 170 mil.

Cardoso chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul. Imagens de câmeras de segurança de imóveis vizinhos à imobiliária onde ocorreu o crime ajudaram nas investigações, de acordo com a polícia. O criminoso foi identificado ainda no dia do crime e desde então era procurado.

O suspeito foi detido por agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) por volta das 13h na casa dele, e, segundo a polícia, ele confessou o crime. Em sua residência os policiais apreenderam a arma do crime, um revólver calibre 38 sem cabo. A modificação foi feita, segundo Santos, para escondê-la facilmente em sua moto.

O delegado titular da Divisão de Investigações de Crimes contra o Patrimônio, Antonio de Olim, conta como descobriu a falsificação. "A arma estava sem o revestimento de madeira na empunhadura. A secretária do empresário havia nos dado essa informação. Que era uma arma velha, enferrujada e pequena. Trata-se de um revólver calibre 38, de cano curto, que foi encontrado na casa de William", disse ele.
O acusado teria afirmado aos policiais que a moto utilizada no dia do crime foi vendida por R$ 500 - havia sido comprada em um leilão - e que colocou fogo na roupa que estava com ele durante o assalto, assim como no capacete. O delegado Fábio Laino Cafisso, da 3ª Delegacia de Crimes contra o Patrimônio, acredita que ele teve cúmplice.

 "O réu fala que agiu sozinho. Que viu a vítima com o relógio no trânsito e a seguiu por ver que o empresário estava em um carro blindado. Esses detalhes serão apurados com o passar do tempo", disse ele. De acordo com Cafisso, as investigações seguem para a prisão de outras pessoas. Aos policiais, o jovem contou que disparou três vezes porque a vítima reagiu.

Em depoimento ele disse que ficou assustado após o crime e que ainda no dia 27 foi até o Rio Pinheiros e jogou o relógio nas águas. O objeto não foi localizado pela polícia. "Ele contou que ficou sujo de sangue e que, ao passar pela ponte Cidade Jardim, viu um carro de polícia e decidiu se desfazer do objeto, jogando-o da ponte", disse Cafisso.

O suspeito está em prisão temporária, acusado de porte ilegal de arma e latrocínio - roubo seguido de morte. Ele tem passagem pela polícia por roubo e esteve preso dois anos, e será encaminhado a um presídio.

Comentários