Juiz descarta argumentos de advogados e mantém julgamento da fraude do IPTU em Taboão

Por Sandra Pereira | 21/01/2013

O juiz Guilherme Alves Lopes Lamas, titular da vara criminal da  comarca de Taboão da Serra, não atendeu os apelos feitos pelos advogados de defesa dos 26 réus acusados de participação na fraude do IPTU e decidiu manter a audiência de instrução do caso. Essa primeira etapa do julgamento segue até sexta-feira 25. O magistrado alegou que todos os prazos para que os advogados tivessem acesso aos autos para preparar suas defesas foram cumpridos como manda a legislação.

" Foi estabelecido cronograma de 4 meses para a defesa ter acesso aos autos. Tivemos a cautela de determinar prazos exclusivos. Por isso não se vislumbra o prejuízo requerido pelos defensores", afirmou o magistrado.

Os defensores dos acusados tentaram argumentar que os autos são volumosos e o tempo de acesso para a retirada de xerox foi pequeno. Também alegaram que houve nova juntada de documentos e disseram não ter tido acesso aos relatórios contábeis, que comprovariam a existência da fraude.

Passada a fase em que o juiz negou o cancelamento dos trabalhos ele iniciou a oitiva do então delegado de Taboão, Raul Godoy Neto. Ele foi o responsável pelas prisões dos acusados.

Na abertura do depoimento o delegado disse recordar os fatos de forma genérica e pontual em razão de já ter se passado muito tempo desde a realização da investigação. Ele confirmou que havia baixa indevida de IPTU por meio do uso de uma senha cadastrada pela empresa Conan.

"Tudo que está escrito no meu relatório,  ou dito no depoimento anterior eu não volto atrás. Do que eu disse ou escrevi assino novamente embaixo", garantiu Raul Godoy.

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