Vereadores de Taboão rejeitam aumento para médicos e secretários municipais
Depois de muito debate, corre-corre no plenário, reuniões de lideranças, dúvidas e consultas constantes ao regimento interno os vereadores de Taboão da Serra rejeitaram em primeira votação os projetos do Executivo que retira gratificação de produtividade aos médicos, o que aumenta de R$ 48 para R$ 60 os vencimentos dos médicos e o projeto que extingue 393 cargos na administração, cria outros 129 e ainda aumenta salários dos secretários municipais para R$ 14 mil. Os vereadores da base governista se esmeraram na tentativa de convencer a oposição a aprovar os projetos, mas o esforço não surtiu efeito. A sessão foi suspensa e será retomada na tarde da próxima quinta-feira, 17.A votação terminou com 5 votos contrários e 6 a favor. Para que os projetos fossem aprovados em bloco seriam necessários 7 votos, o que não foi possível pelo fato do vereador Ronaldo Onishi (PSB), ter faltado aos trabalhos por motivos de saúde. Essa foi a terceira vez que os projetos entraram na pauta da sessão – relembre aqui.
Os projetos mais polêmicos foram, respectivamente, o que retira a gratificação dos médicos e o que aumenta os vencimentos da categoria. Os vereadores da situação utilizam como argumento para a aprovação a necessidade urgente de melhorias no atendimento à população enquanto a oposição argumenta que sem a gratificação de produtividade é impossível fiscalizar o cumprimento da escala pelos médicos. Já em relação ao aumento a oposição diz que é necessário contemplar todas as categorias que trabalham na saúde municipal.
“Saio daqui triste com esse resultado. Não podemos politizar uma questão tão importante como a saúde”, desabafou o vereador Cido após a homologação do resultado da votação. “Não aceito tirar a produtividade dos médicos. Quanto ao aumento é justo incluir a enfermagem e as outras categorias. Estou há anos esperando a oportunidade de contribuir com a minha categoria. Essa é a hora não vou desistir”, avisou a vereadora Érica da Enfermagem (PDT).
Os demais vereadores da situação fizeram apelos, tentaram a todo custo convencer os pares, mas a oposição se manteve firme, votou contra e promete se manter unida no objetivo de rejeitar os projetos enviados pelo prefeito à câmara.
O presidente da Casa, vereador Carlos Eduardo Nóbrega (PR), salientou a importância das discussões travadas na casa sobre o aumento de vencimento dos médicos. Também citou a boa vontade do governo de enviar o projeto à câmara logo nos primeiros dias de seu governo. Para o presidente a oposição faz o seu papel, mas ignora que quem deixou a saúde em abandono foi o governo passado.
“Espero que dois ou três vereadores da oposição votem a favor do projeto na próxima quinta. Com sete votos a proposição é aprovada. Diferente das proposições comuns os projetos de quorum especial podem voltar à pauta quantas vezes forem necessárias. Mas, acredito que na quinta os projetos vão ser aprovados”, concluiu.
Legenda: Vereadores rejeitam projetos do Executivo; nova sessão acontece na quinta