Criminosos reagem após ataque a jovens ateando fogo em ônibus de Taboão

Ainda são evidentes as marcas da violência em frente ao Posto do Jardim Margaridas, no São Judas em Taboão da Serra. Estilhaços de vidros e uma grande mancha preta de queimado na rua relembram a ação de criminosos que atearam fogo em um ônibus da viação Pirajuçara, na tarde da última segunda-feira (19), como uma forma de retaliação a morte de três jovens durante a madrugada – relembre aqui.

Além das marcas, a ação dos cerca de dez criminosos ainda passa como um filme de terror na cabeça dos moradores e comerciantes do local. Eles dizem ter medo de mais ações como essa e temerem permanecer com os comércios abertos após as 20h, devido ao toque de recolher, determinado por bandidos da região. “Abrimos com medo e porque precisamos trabalhar”, afirmaram.

“Os jovens que atearam fogo no ônibus não eram do bairro e sim do Jardim Comunitário, onde mataram três pessoas e feriram mais três. Eles fizeram isso como uma forma de retaliação, porque depois que tacaram fogo no ônibus, desceram essa rua gritando -justiça, justiça”, afirmou uma comerciante em forma de anonimato.

Outro comerciante, o da loja de móveis, em frente ao ponto, onde aconteceu o ataque ao ônibus contou que teve um prejuízo de mais de R$ 5 mil e que agora é necessário trabalhar bastante para pagar o prejuízo.

Eles afirmaram que constantemente tem roubos a comércios e saidinhas de bancos no local, mas que a polícia realiza patrulhamento rotineiro no bairro. E ainda creditaram a inocência de um dos menores de idade morto na madrugada de segunda. “Ele não tinha passagem, era um bom moço, só o maior que tinha passagem, por embriaguez ao volante”, disseram.


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