Mensagem de Claudinei aos perueiros de Taboão esquenta polêmica sobre transporte alternativo

Por Sandra Pereira | 13/11/2012

Em meio a polêmica provocada pela tentativa de extinção do transporte alternativo em Taboão da Serra uma mensagem de celular enviada pelo ex-secretário de Mobilidade Urbana da cidade, Claudinei Pereira, aos perueiros que atuam nas linhas 3 e 8 causou estranheza e levantou suspeitas entre a categoria. No texto Claudinei afirma que “recomenda-se não sair com as vans nos próximos dias. Não transitar pelo eixo BR”. A mensagem foi enviada no dia 11 de novembro às 15h46. A reação da categoria foi imediata.

Além de orientar sobre o risco de apreensão para os perueiros que continuassem trafegando pela cidade o ex-secretário disse ainda que caso alguém precisasse de emprego as empresas de transporte da região “vão contratar” motoristas e apresenta em seguida os critérios de contratação assim como benefícios e valor da hora trabalhada. 

“O Claudinei se portou como representante da empresas. De um lado nos ajudou a evitar que os veículos fossem apreendidos, mas por outro parece estar negociando com a gente a mando da empresa”, alega Cristiano, ex-presidente da extinta Cooperativa do Transporte Alternativo de Taboão (Coopertab).

O outro lado

O ex-secretário de Mobilidade Urbana de Taboão da Serra, Claudinei Pereira,  disse que tratou da questão com os  vereadores Cido, Noventa e Wagner Eckstein. Ele informou ter negado na presença de todos eles as declarações feitas ao Jornal na Net por Valdevan Noventa dando conta que Claudinei estaria representando a empresa viação Pirajuçara, que monopoliza o transporte público no município.

“Na verdade o que eu disse e reafirmo sem nenhum temor  é que escrevi a alguns amigos do sistema que sou amigo da gerência de RH de lá. Eles me informaram que por conta de novas linhas e pela carência da empresa existem 42 vagas”, relatou. 

Ele disse ainda que ficou  feliz em apresentar aos perueiros essa perspectiva de emprego. “Nenhum deles tem salário digno ou benefícios sociais. Há anos os vejo trabalhando em linhas deficitárias o que não acho justo”, concluiu. 

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