MTST diz que vai exigir punição de Macário e GCMs por tumulto na Câmara

O tumulto e quebra-quebra entre integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Guardas Municipais que se deu, devido a não votação de um projeto que transforma duas áreas residenciais, uma no Jd. Helena e outra no Pq. Laguna, em Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis), para a construção de moradias para famílias carentes, na sessão da Câmara de Taboão última terça-feira (2) - relembre aqui, resultou em uma nota oficial do Movimento cobrando uma punição para Macário e GCMs pelo acontecimento. Na ocasião a Casa de Leis ficou destruída, cinco pessoas feridas, entre elas dois GCMs, e duas presas.

De acordo com um dos representantes do movimento, Guilherme Buolos um ato de denúncia, nesta quinta-feira (4) que começa na Praça Nicola Vivilechio às 9h deve tomar as ruas da cidade. Manifestantes vão seguir para a Câmara para denunciar, “a irresponsabilidade da condução da sessão feita pelo presidente Macário (PT)” e logo depois, seguem para a Prefeitura, onde exigirão reunião com o prefeito e comandante da Guarda para a identificação e punição dos responsáveis pelo acontecimento na sessão.

O Movimento ainda divulgou uma nota oficial sobre o tumulto e quebra-quebra na sessão. De acordo com a nota, cerca de 400 pessoas das ocupações Chico Mendes, Silvério de Jesus e Che Guevara foram duramente reprimidas pela GCM de Taboão da Serra, a mando do Presidente da Câmara Municipal, Vereador Macário (PT), que teria ofendido os manifestantes e encerrado a sessão sem ao menos votar o projeto.

Com isso, iniciou-se um tumulto, que terminou com tiros de arma de fogo disparados por guardas municipais, alguns inclusive à paisana e “quatro companheiros do MTST foram brutalmente espancados pelos guardas, tendo sido atendidos no pronto socorro Akira Tada”, detalha a nota.

De acordo com a nota "após o ocorrido, alguns vereadores, liderados pelo vereador e presidente da Câmara Macário, não se deram por satisfeitos e foram até o 1 DP de Taboão para buscar criminalizar o MTST e nos responsabilizar pelos danos".

“O maior responsável por toda a confusão é o Presidente da Câmara, que conduziu o processo de forma irresponsável, autoritária e leviana. Além disso, boa parte dos danos foram causados pela ação despreparada da própria GCM. São eles os responsáveis por mais de 15 feridos do MTST, sendo 3 idosos. Vale mencionar que alguns vereadores, em especial o vereador Paulo Felix, estiveram ao lado do Movimento”, afirma a nota.

O MTST exige ainda a punição dos responsáveis pelas agressões e relata que repudia as cenas de violência e a postura de alguns vereadores, em especial do Sr. Macário. “Esperamos que o Partido dos Trabalhadores adote uma conduta de punição em relação a este vereador, que reprime o movimento popular e se submete servilmente à especulação imobiliária, tendo arquitetado a retirada de terrenos de ZEIS no município”, finaliza.

O outro lado

O comandante da Guarda, Coronel Silas afirmou em entrevista por telefone ao Jornal na Net que se não fosse a presença da GCM os manifestantes teriam destruído ainda mais a Câmara. De acordo com ele, a GCM usou da força para conter parte do estrago na Câmara e não, por despreparo.

Já a assessoria de imprensa do presidente Macário (PT) afirmou que o projeto não estava na pauta da sessão e seria votado em regime de urgência. Mas, por questão de segurança a sessão foi suspensa por dez minutos, tempo que não foi respeitado pelos manifestantes.

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