Polícia Civil vai periciar móvel de onde TV teria caído sobre aluno em Taboão
A Polícia Civil vai periciar nesta sexta-feira (21), o móvel de onde a televisão, de 29 polegadas, teria caído sobre um aluno de cinco anos, na tarde da última quarta na Escola Municipal Infantil Bidu, no bairro Jd. Freitas Júnior em Taboão da Serra.
A polícia quer descobrir o que pode ter provocado à quebra do pé do móvel, onde estava a televisão. O delegado, após a perícia, vai conceder uma entrevista coletiva para dar detalhes do acidente.
O aluno ficou ferido e permanece, desde o dia do acidente, internado na UTI em estado grave, mas estável, no Hospital Geral do Pirajuçara. Ele foi socorrido pelo Samu, chamado pela coordenadora da escola, ao PS Antena, mas foi transferido ao HGP, logo depois.
O caso foi registrado na delegacia policial da cidade e a Polícia Civil já começou a ouvir pais, professores e alunos que presenciaram o acidente.
Nota Secretaria de Educação de Taboão da Serra
A Secretaria de Educação de Taboão da Serra lamenta o ocorrido na escola Bidu, no Jardim Freitas Júnior, na tarde de ontem, 19, quando um aluno da pré-escola sofreu um acidente com uma televisão na sala de aula. Durante a saída dos alunos da sala, o aluno RPCS, de 5 anos, esbarrou no rack de vídeo que havia sido usado durante a aula e o aparelho de televisão tombou sobre ele provocando ferimentos na cabeça.
O Secretário de Educação José Marcos dos Santos informa que todas as providências foram tomadas no sentido de prestar atendimento à criança, que foi socorrida em poucos minutos pelo SAMU e encaminhada ao Hospital Geral do Pirajussara. A SEDUC está prestando toda a assistência à família do aluno e à professora que se encontra fortemente abalada com o ocorrido.
Nota Oficial das ADIs sobre acidente na EMI Bidu
Nós, trabalhadoras e trabalhadores da educação de Taboão da Serra, lamentamos o acidente ocorrido na EMI Bidu, nos solidarizamos com os colegas desta escola e com os pais do aluno atingido pela tv na tarde do dia 19/9.
É verdade que acidentes ocorrem, mas é verdade também que acidentes podem e devem ser evitados. Existe toda uma legislação sobre acidentes de trabalho. Há uma série de orientações sobre acidentes com crianças que podem e devem ser evitados.
O que sabemos também é que as condições de trabalho nas escolas, a superlotação das salas, o número mínimo de profissionais, a infra estrutura e a má qualidade dos equipamentos contribuem para a insegurança com que trabalhamos com as crianças em muitas escolas (vidros quebrados com cacos expostos, goteiras e chão molhado, fios desencapados, carteiras quebradas, entulhos pelos corredores, buracos de esgoto sem ralos, sanitários entupidos, etc).
Quando denunciamos esta situação é para cobrar do governo a plena condição de funcionamento seguro das escolas, justamente para evitar qualquer tipo de acidente e também para evitar que os profissionais da educação sejam responsabilizados quando estes ocorrem. O que é praxis dos governantes: colocar a culpa nos trabalhadores.
É muito grave tentar encobrir a responsabilidade dos governantes (como faz Paula Peres), pois assim ao não cobrar destes a melhoria das condições das escolas, contribui para que acidentes como estes continuem a ocorrer. Qual o interesse político de quem defende o governo Evilásio?
Mais do que lamentar o acidente, a Secretaria de Educação tem que assegurar todas as condições para que outros não ocorram:
Pelo cumprimento imediato da lei 1853/2009, que estabelece o máximo de alunos por sala;
Pela melhoria imediata das condições da escolas que precisam de reformas, troca de carteiras, conserto de ventiladores, consertos de descargas, goteiras, aquisição de equipamento adequado, manutenção de parques e equipamentos, etc;
Pela valorização imediata de todos os profissionais da educação.
Estamos na expectativa de que a recuperação deste aluno seja plena e satisfatória.