Greve dos professores já passa dos 30 dias sem solução

A greve dos professores da rede estadual segue para um mês sem que a negociação entre o Governo e a Categoria avance. Na assembléia mais recente, última quarta-feira do mês de março (31), os professores decidiram manter a greve.

 Os educadores participaram de protesto junto com profissionais da área da saúde, às 14 horas na Avenida Paulista, onde bloquearam as pistas. Após se reunirem no Masp, os docentes seguiram em passeata pela Avenida Consolação até chegarem em seu destino que era a Praça da República, no final da tarde, 17h00.

Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp) uma nova assembléia já foi marcada para o dia 8 de abril, “a categoria deve repetir os passos de hoje: passeata partindo do vão livre do Masp até a sede da Secretária”, informou o sindicato.

Em greve desde o início de março, (8) os professores reivindicam reajuste salarial de 34,3%, melhores condições de trabalho e também se opõem à incorporação da gratificação em três parcelas anuais.

Segundo a assessoria de imprensa de Paulo Renato, o secretário de pasta de Educação ainda avalia mais um dos pedidos dos docentes para audiência, protocolado nesta terça-feira (23). De acordo com a assessoria do órgão, o governo não deve negociar enquanto houver greve.

Os professores já realizaram outras três assembléias, de porte similar, todas ocorreram na capital desde o início da paralisação, uma delas foi no dia 26 de março. O ato deixou pelo menos 16 feridos, de acordo com a Polícia Militar.

A Secretária divulgou em nota no final da tarde que lamenta “mais uma vez, que os manifestantes causem transtornos graves no trânsito da cidade e prejudiquem o acesso aos mais de 20 hospitais da região da Avenida Paulista”.

A nota oficial ainda informa que o governo considera que o movimento é uma tentativa do sindicato de criar um fato político, já que a rede de 5 mil escolas estaduais funciona normalmente.

O Governo afirmou, segundo a nota, que não vai mudar nenhum dos programas que são combatidos pelo sindicato, entre eles o Programa de Valorização pelo Mérito, que oferece aumento de 25% de acordo com o resultado de uma prova, a lei que acabou com a possibilidade de faltar dia sim, dia não, sem contar na criação da Escola Paulista de Professores, com a abertura de concurso para dez mil novas vagas.

O órgão informou que a folha de pagamentos da Secretaria de Educação cresceu 33% entre 2005 e 2009, passando de R$ 7,8 bilhões para R$ 10,4 bilhões. As gratificações, segundo a Secretaria, são feitas na medida das disponibilidades orçamentárias.

 O Governo Paulista ainda divulgou, um pouco depois da paralisação, em nota, que os grevistas terão desconto salarial relativo às faltas. Além disso, perderão participação no Bônus por Resultados, que paga anualmente até 2,9 salários para as equipes escolares que superarem suas metas, e por fim, perderão também, no Programa de Valorização pelo Mérito, que permite aumentos salariais de 25%.




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