Terminal do Jardim Jacira já passa por reformas
Telhado quebrado, falta de banheiros, calçadas inadequadas, buracos, poças de água, excesso de lixo, mato alto, constantes assaltos e falta de iluminação. Essas são as principais queixas dos usuários do Terminal Rodoviário do Jardim Jacira em Itapecerica da Serra. Sem outra opção de transporte na região os moradores enfrentam diariamente os problemas que o Terminal Rodoviário da região apresenta.O Terminal Rodoviário do Jacira é responsável pelo atendimento de cerca de 60 mil pessoas que moram no bairro, o local deveria ser destinado apenas para embarque e desembarque de passageiros, mas segundo moradores e usuários transformou-se em uma área abandonada, esconderijo para criminosos e criação de bichos.
A Reportagem do Jornal na net esteve no local e se deparou com um cenário de completo abandono e pessoas revoltadas com a situação do terminal. A falta de estrutura para receber diariamente cerca de 120 ônibus responsáveis pela cobertura de cinco linhas, que liga Itapecerica aos terminais Santo Amaro, Guarapiranga, Vila Olímpia, Capelinha, Santa Cruz e Pinheiros.
Desde novembro de 2009 o vereador José Maria pede a reforma do local ao Executivo Municipal. Ele já se reuniu várias vezes com o prefeito Jorge Costa para tratar do assunto, e, ainda está aguardando que a prefeitura cumpra a sua parte e execute a obra conforme combinado. Graças a sua intervenção a empresa se comprometeu a doar o material para a prefeitura realizar a reforma.
“Primeiro a reforma será feita na guarita dos fiscais e depois o próximo passo será a terraplanagem”, afirmou o Secretário de Obras Carlos Hueb. “Se a chuva não der uma trégua não conseguiremos terminar a obra, porque o solo encharcado não facilita em nada o trabalho”, completa.
Tudo começou no início de novembro do ano passado. Após a Prefeitura e a VIP, empresa que explora parte das linhas identificar inúmeros problemas e a falta de estrutura para o atendimento dos passageiros e funcionários, o Sindicato dos Motoristas e Transportes Urbano de São Paulo após reunião com usuários do transporte elaboraram uma pauta de reivindicações à empresa, o objetivo era garantir melhorias na infra-estrutura do terminal.
Com o início das obras o passageiro e morador de frente ao terminal João Ciriaco ainda desconfia, “será que agora vai sair às obras, ou daqui a pouco eles param novamente”. Ele faz referência aos diversos consertos no terminal, mas que eles nunca voltam para terminar, segundo ele.
O terminal ainda oferece poucas condições de segurança e trabalho para os funcionários. Cerca de 25 mulheres que trabalham em três turnos diferentes sofrem com a falta de banheiros. “Somos obrigadas a pagar para usar em comércios e residências (próximo ao terminal) e depender da generosidade do dono do bar”, contou uma cobradora que pediu para não ser identificada.
A falta de iluminação e a quantidade de buracos são fatores propícios para acontecer acidentes. O caso da passageira Rose, só não foi trágico, porque um homem bondoso, segundo ela, segurou em sua mão. “Quase cai de corpo inteiro no buraco, não tinha visto porque estava muito escuro”, justificou Rose.