Itapecerica aprova Moção de apoio a greve dos professores da rede estadual
Os vereadores de Itapecerica saíram em defesa dos professores da rede estadual da cidade. Na sessão desta terça-feira, o vereador José Maria (PT), apresentou uma Moção de Apoio aos professores da rede estadual de ensino que estão em greve desde o dia 05 de março. Alguns educadores estavam presentes na sessão e demonstraram a satisfação pelo apoio, com uma salva de palmas.A moção seria aprovada por unanimidade, mas o vereador José Martins alegou acreditar que greve é falta de diálogo.
Autor da moção, o vereador José Maria, disse que defende e apóia a luta da categoria que inclui também dos diretores e funcionários das escolas. “Se queremos uma cidade melhor, educação de qualidade para os nossos filhos, precisamos valorizar os professores”, defende.
O vereador lembra no documento que segundo os dados apurados, cerca de 55% dos professores aderiram à greve da categoria no Estado de São Paulo. O balanço é da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo). “De acordo com o sindicato, a adesão chegou a 43% na Capital. A Secretaria do Estado da Educação calcula, no entanto, que menos de 1% da categoria aderiu ao movimento”, relata.
José Maria afirma que os professores decidiram pela continuidade da greve por tempo indeterminado na última assembléia.
As principais reivindicações da categoria são: reajuste salarial imediato de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira justo; garantia de emprego; contra as avaliações excludentes (provão dos ACTs/avaliação de mérito); revogação das leis 1093, 1097, 1041 (lei das faltas); concurso público de caráter classificatório; contra a municipalização do ensino, contra qualquer reforma que prejudique a educação, em todos os níveis.
O Presidente da Câmara Amarildo Gonçalves (Chuvisco) contou que quando era pequeno sonhava se tornar professor. “A realidade de hoje em dia é outra, o salário desses profissionais estão cada dia mais achatados”, salienta.
Os vereadores Comendador Lombardi e José de Morais também se pronunciaram em apoio à paralisação.
Após os vereadores declararem as suas opiniões, o professor e manifestante Erlon interrompeu a sessão por cerca de cinco minutos, com um protesto em frente a Câmara na praça Largo da Matriz, ao som do microfone ele declarou estar satisfeito com o apoio dos vereadores da cidade, mas que não entende porque José Martins está contrário a greve.
“Se ele (José Martins) precisasse colocar o seu filho na escola estadual será que ele estaria contra a nossa categoria”, perguntou. A sessão voltou ao normal após pedido do presidente da casa feito pela janela da câmara.