Professores da rede estadual fazem assembleia regional
Indignação, luta e união. Foi assim a Assembléia Regional dos professores da Rede Estadual de Ensino, na tarde desta quinta-feira, 18, na Praça da Árvore, às 15h em Itapecerica da Serra.A praça da árvore que fica em frente à Panificadora da Serra, no centro da cidade ficou lotada de munícipes, professores e alunos, alguns educadores vieram de Embu e Taboão da Serra.
O vereador José Maria (PT) foi até a praça para apoiar os professores “Itapecerica têm que mostrar toda a força possível para lutar pelas melhorias na educação”, salientou.
Muitos professores protestaram sobre os seus direitos, criticaram o Governador José Serra, incentivaram a paralisação total de todas as escolas da cidade que até o momento soma 75% de adesão a greve, convocaram os professores para comparecerem na passeata e assembléia estadual no Masp na Avenida Paulista, às 14h desta sexta-feira e por fim comentaram de outras reuniões, passeatas e até cogitaram paralisar a Régis Bittencourt, se tudo não for normalizado.
Segundo o diretor da Apeoesp de Taboão da Serra, 45% das escolas da Capital e da Grande São Paulo estão paradas, sendo que 60% dos professores do Estado aderiram a greve.
Todos os professores que protestaram falaram das atitudes do Governador de São Paulo, José Serra, “se realmente fosse 1% dos professores como o Governo disse, não veríamos tantas escolas fechadas e alunos em casa”, comentaram. Eles afirmam que são tratados como ninguém, que o estado não respeita o direito dos professores, “queremos que o José Serra trate a categoria com dignidade e respeito”.
Os professores acreditam que a greve está forte, o número de escolas e professores que aderiram a paralisação da semana passada para essa está em um nível muito maior de outras greves já realizadas, contam.
Dois professores que pediram para não serem identificados, pois estão com medo de sofrer represálias, procuram em outras atividades aumentar a sua renda, pois o salário dos educadores segundo eles, não cobre as suas despesas. “É muito triste estar com fome e abrir a geladeira e não ter o que comer”, lamentou.
A passeata na Avenida Paulista causa receio em alguns professores, segundo eles a situação na anterior foi bem complicada, eles acreditam que amanhã a represália será maior. “Eles podem querer calar os professores, mas não conseguirão”.