Alerta: Casos de dengue já foram notificados nas cidades de Itapecerica, Taboão e Embu das Artes

As cidades de Itapecerica da Serra, Taboão e Embu estão intensificando os cuidados para evitar novos casos de Dengue. Taboão da Serra é a cidade que mais apresentou casos desde o começo do ano, contabilizando 21 suspeitos, sendo que 4 já foram confirmados. Todos teriam sido “importados”, ou seja as pessoas contrairam a doença durante viagem ao Mato Grosso, Minas Gerais, Caraguatatuba e São Paulo,  segundo Clóvis José de Sá coordenador e diretor do setor de Zoonoses da cidade.

Água parada em terrenos, pratinho de flores e caixa d´ água são sem dúvida alguns dos fatores que favorecem a criação e aglomeração das larvas  do mosquito Aedes Aegypti que transmite a Dengue.

 “Temos receio principalmente dos bairros mais carentes onde os níveis de infestação são maiores, pois possuem assentamentos precários e muitos problemas de infra-estrutura como, por exemplo, fornecimento irregular de água, deposição inadequada de lixo e terrenos sujos”, afirma Clóvis.

O Doutor Marcelo Monteiro Pinto coordenador do Controle da Dengue na cidade de Embu conta que a cidade apresentou 8 casos suspeitos, 4 casos negativos, 3 casos em aberto e somente um foi confirmado, a doença assim como em Taboão também foi importada de Minas Gerais.

Em contrapartida Itapecerica da Serra teve dois casos suspeitos, um foi confirmado também importado do Interior de São Paulo e um ainda está em andamento. É o que afirma o Diretor da Vigilância Epidemiológica Milton Parron.

Segundo Milton o maior motivo de Itapecerica da Serra não ter tantos casos da doença é devido à localização, também por ser uma área rural e mais fria.

As três cidades tomam providências parecidas para tentar combater novos casos, aumento de criadouros, dando assistência de casa em casa, divulgando o que o munícipe deve ou não fazer para combater a doença e acima de tudo informar quais são os principais sintomas da doença. “O trabalho acontece durante o ano todo, mas nessa época que o aumento é excessivo o cuidado é redobrado”, garante o Doutor Marcelo Monteiro da cidade de Embu.

“Se algum munícipe viajou para alguma região com epidemia e voltou com algum sintoma, febre alta durante 5 a 7 dias, dores nas articulações, atrás dos olhos, de cabeça e manchas avermelhadas pelo corpo procure a Unidade de Saúde mais próxima, não faça auto medicação, o médico é que deve orientar o tratamento e além disso, ele precisa notificar o caso para que possamos iniciar as ações de combate ao mosquito e assistência ao paciente”, sugere Clóvis José de Sá.

Segundo o coordenador e diretor de Zoonoses de Taboão da Serra, até 22 de fevereiro foram notificados 7.594 casos autóctones no Estado de São Paulo que já é muito comparando com o número de casos notificados no ano inteiro de 2008 (7.187 casos) e 2009 (8.996).

“Isso é extremamente preocupante porque este momento se assemelha muito com os picos de epidemia de 2002/2003 e 2006/2007 no Estado de São Paulo, quando ocorreram epidemias predominantes no interior do estado e no litoral atingindo 20.390 casos em 2003 e 92.345 em 2007”, conclui.








Comentários