Funcionários da Pirajuçara não aderiram a greve

Os funcionários da viação Pirajuçara e outras empresas de ônibus da região que planejavam entrar em greve a partir da zero hora desta quinta-feira, (24), decidiram não aderir a greve, exceto a viação de Osasco. A paralisação poderia afetar moradores de Taboão da Serra e Embu das Artes, mas nesta quinta, a frota está 100% nas ruas da cidade.

Antes do anúncio da não adesão pela greve, o sindicato que representa a categoria já sofreu na Justiça a primeira derrota. As empresas obtiveram liminar que obriga os funcionários a manter 90% das linhas rodando normalmente.

Os trabalhadores reivindicam 15% de reajuste salarial, aumento do valor de ticket alimentação e participação nos lucros das empresas. A empresa tem 1.500 funcionários.

De acordo com o diretor de base do Sindicato dos Motoristas, João Batista, a categoria vai cumprir a decisão Judicial, mas deve estabelecer estratégias para pressionar as empresas a atender às reivindicações. “Vamos manter o percentual que a lei exigir. Mas iremos exigir que as empresas atendam a nossa pauta”, antecipou, acrescentando acreditar que a situação deverá se complicar nas primeiras horas do dia.

O sindicalista revelou que atualmente um motorista da Pirajuçara recebe em média R$ 1.700,00. Ele argumenta que a remuneração é pequena quando se leva em conta a responsabilidade do profissional que sofre com o elevado nível de estresse. 

“Nos últimos tempos é visível o aumento dos casos de colegas sofrendo problemas psicológicos. Há casos de vários motoristas internados com problemas mentais. A responsabilidade é grande, o estresse é alto e o salário está defasado”, acusou. 


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