Taboão tem 26 câmeras de segurança, só 4 funcionam

Por Sandra Pereira | 22/03/2012

Das 26 câmeras de monitoramento existentes em Taboão da Serra apenas quatro estão funcionando atualmente. Na área central da cidade onde existem 16 câmeras instaladas somente três funcionam, duas na praça Nicola Vivilechio - sendo uma voltada para o chafariz e outra para a Régis Bittencourt - e uma nas imediações do 1º Distrito Policial. Na região do Pirajuçara das 10 câmeras existentes apenas uma está funcionando normalmente. Ao todo a cidade tem 22 câmeras quebradas ou sem manutenção.

A implantação do vídeomonitoramento em Taboão da Serra custou aos cofres públicos federais R$ 882.947,19 mil – veja aqui

O recurso foi repassado pelo Ministério da Justiça para implantar  o vídeomonitoramento, bem como a aquisição de equipamentos e mobiliário para instalação física do Gabinete de Gestão Integrada Municipal, visando constituir uma política municipal de prevenção à violência.

“É comum os munícipes vítimas de crimes diversos solicitaram imagens do local, mas sempre há uma desculpa porque elas não existem”, revelou uma pessoa que trabalha numa das centrais sob a condição de anonimato. 

Os leitores do Jornal na Net relataram nas últimas semanas por meio dos comentários no site diversas tentativas frustradas de obter imagens do vídeomonitoramento na cidade. "Um conhecido meu foi vítima de roubo na area do Pirajuçara. Fizemos o Boletim de ocorrência, mas o fato é que o seu monitoramento não funciona, pois solicitamos imagens do ocorrido e nao tivemos nenhuma resposta", relatou.  

Sem o apoio do vídeomonitoramento os casos de violência se espalham em todas as regiões de Taboão da Serra trazendo medo e insegurança aos moradores e comerciantes – veja mais aqui, aqui e aqui.

Um levantamento feito nas últimas semanas pelo Jornal na Net nas centrais de monitoramento da cidade mostrou que a maioria das câmeras adquiridas para melhorar a segurança está quebrada ou sem manutenção. 

As imagens do monitoramento são aliadas importantes das forças policiais, contribuem diretamente para inibir a prática de crimes e ajudam a identificar criminosos, após a consumação dos delitos, como ocorreu recentemente em Embu das Artes - relembre aqui

Já em Taboão a falta das imagens impediu a identificação dos assassinos do sargento da polícia militar morto nas imediações do Parque Marabá, numa área onde há uma câmera instalada, mas que não funciona – saiba mais aqui

Na última sessão da Câmara municipal, na terça-feira, 20, os vereadores da cidade pediram  a apresentação dos dados relativos ao vídeomonirtamento da cidade. Eles mencionaram os casos recentes de violência e as dificuldades de identificar e prender os acusados.

O sistema de monitoramento da cidade trabalha com câmeras nos modelos tradicionais e super câmeras, chamadas de speed dome, que fazem imagens em 360º e tem alcance de até 2.000 metros, dependendo do modelo do aparelho. 


Nas centrais de vídeomonitoramento, tanto no centro quanto no Pirajuçara, há uma mesa de equipamentos que controlam as câmeras e faz a captura das imagens, que são transmitidas em tempo real nos monitores e deveriam ser armazenadas para ajudar na identificação de acusados.

O outro lado


O comandante da Guarda Municipal de Taboão, O Coronel Silas Santana, confirmou que o não funcionamento das câmeras de monitoramento ocorre há algum tempo. De acordo com ele o problema acontece porque os equipamentos tem facilidade de quebrar e o custo da manutenção é elevado. Ele não confirmou a quantidade de equipamentos quebrados atualmente, alegando que precisaria fazer um levantamento detalhado nas centrais, conforme fez o Jornal na Net, para posteriormente dar informações mais detalhadas do assunto.

“Esse problema existe porque os equipamentos são frágeis e o custo de manutenção elevado”, relatou.

A empresa responsável pela instalação e manutenção dos equipamentos do monitoramento é a YBR Sistemas de Segurança Eletrônica Ltda ME, localizada na Avenida Jovina de Carvalho Dau, 147, em frente em à escola Domingos Mignoni. Ao longo da última semana a reportagem do Jornal na Net tentou contato telefônico com a empresa por diversas vezes no telefone comercial 4135-1919, mas o número chama sucessivamente e cai no fax.


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