Falta de combustível causa problemas aos moradores
Ônibus lotados e circulando em tempo mais escasso, passageiros sem paciência pela espera e insistentes para conseguir entrar nos coletivos, postos de combustíveis com cones e faixas de isolamento devido à falta de diesel, álcool e gasolina e motoristas de carros e motocicletas, na mão, sem combustível marcaram o quarto dia de paralisação dos caminhões-tanque, parados desde a última segunda-feira, (5), devido restrição dos caminhões na Marginal Tietê, nas cidades de Itapecerica, Embu das Artes, Taboão da Serra e toda São Paulo.Os passageiros bem que tentaram entrar nos ônibus, mas alguns desistiram. Os que desistiram tentaram outros meios para trabalhar, outros perderam o dia de trabalho. “Fiquei mais de uma hora e meia aguardando os coletivos no ponto de ônibus, que estavam lotados, os ônibus então, parecia uma lata de sardinha e, demoravam a chegar, quando passavam, era daquele jeito. Desisti de tentar e não fui trabalhar. Meu amigo gastou a gasolina do carro, para ir ao trabalho”, contou Vanderleia.
Os motoristas que não conseguiram encher o tanque na terça, não desistiram de tentar abastecer em toda esta quarta. Mesmo, vendo os cones e faixas de isolamento, eles arriscavam: “Tem gasolina ou álcool?”, perguntavam. E os manobristas respondiam: “Está sem desde ontem”, afirmavam.
Motoristas “na mão”, sem combustível era a cena mais fácil de deparar. Os motoristas que tinham, “emprestavam” para o outro que não tinha. Foi um morador ajudando o outro. Motocicletas, sem combustível também, eram arrastadas pelos próprios donos até o local mais próximo, ou até mesmo, um posto, com algum, combustível. Raro de se encontrar desde terça a noite.
Paralisação pode ter fim a qualquer momento
A paralisação dos motoristas de caminhão-tanque que transportam combustíveis nas cidades da Grande São Paulo pode ter um fim a qualquer momento. O motivo seria a afirmação do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) que irá acatar a decisão judicial que determinou a volta ao trabalho da categoria, na manhã desta quarta.A decisão do Judiciário, divulgada na noite de terça (6) ressalta que se a ordem não for cumprida, os sindicatos acusados de promover ações com o objetivo de impedir a distribuição de combustível em postos de gasolina da capital paulista terão que pagar multa de R$ 1 milhão por dia. A decisão aponta dois sindicatos - o Sindicam e o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo.
Confira matéria completa no site da Globo.com
Confira também matéria completa da paralisação e dicas do Procon para aumento abusivo do combustível, aqui.