Superlotação e falta de estrutura no Hospital Geral do Pirajussara prejudicam pacientes
Jornal na Net
Pacientes enfrentam superlotação e falta de infraestrutura no hospital geral do pirajussara enquanto aguardam por cirurgias.
Um morador de Taboão da Serra, de 43 anos, aguarda há cinco dias por uma cirurgia ortopédica no Hospital Geral do Pirajussara após sofrer um acidente doméstico. Enquanto isso, ele e outros pacientes enfrentam a superlotação do Pronto Atendimento (PA), onde muitos permanecem dias no corredor, sem infraestrutura adequada e expostos a diversos riscos à saúde. Ele teme que a demora no procedimento cause complicações em seu quadro.
Segundo a namorada do paciente, que prefere não se identificar, o cenário dentro do hospital é preocupante.
“O lugar não tem infraestrutura para essas pessoas. Elas ficam no corredor, onde não há privacidade, higiene adequada e nem separação entre homens e mulheres. Muitos pacientes sequer conseguem tomar banho. Se não fosse pela visita de familiares, alguns nem conseguiriam manter a higiene básica”, afirmou.
A situação do hospital se agrava com o aumento da demanda. De acordo com relatos, o espaço destinado aos pacientes no PA não comporta a quantidade de pessoas que precisam de atendimento.
“Há macas coladas umas nas outras. Pacientes ortopédicos dividem espaço com pessoas com pneumonia, aumentando o risco de infecção hospitalar. É um ambiente abafado e insalubre”, denunciou.
Familiares dos pacientes tentam recorrer a diferentes instâncias dentro do hospital para conseguir melhores condições e agilidade nos atendimentos, mas não encontram soluções efetivas.
“Falamos com a ouvidoria, que nos ouviu e tentou ajudar, mas até agora nada mudou”, relatou a denunciante.
Outro ponto preocupante é o aumento no número de motoboys acidentados que chegam ao hospital, o que tem sobrecarregado ainda mais o sistema.
“Toda hora chega motoboy acidentado. Não sei o que aconteceu para o número de acidentes crescer tanto, mas isso também deveria ser um alerta para a prefeitura. Eles poderiam criar uma campanha de conscientização para os motoboys, porque não tem nem para onde socorrer essas pessoas”, alertou.
Da Redação do Jornal na Net