Polícia diz que atentado contra ex-prefeito Aprígio foi falso
Divulgação TV Globo
Polícia e MP dizem que o atentado foi planejado para tentar fazer Aprígio vencer a eleição
A Polícia Civil realizou nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira dia 17 uma megaoperação para cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão em Taboão da Serra e ao menos dois mandatos de prisão em decorrência do atentado contra o ex-prefeito José Aprígio da Silva nas vésperas do segundo turno da eleição municipal.
De acordo com a Polícia Civil e o Ministério Público o atentado foi falso e planejado por ao menos 3 secretários municipais. A polícia investiga se o ex-prefeito sabia do planejamento do crime.
Durante a busca e apreensão policiais apreenderam grande quantidade de dinheiro na casa de Aprígio.
O Jornal na Net recebeu a informação de que dois ex-secretários do governo Aprígio estão detidos para averiguação.
O atentado contra o ex-prefeito foi amplamente explorado por seus aliados durante a reta final do segundo turno. Eles repetiam em todo o tempo que criminosos tentaram matar o então prefeito Aprígio porque queriam tomar a prefeitura dele. O atual prefeito Engenheiro Daniel foi ferozmente atacado pelos adversários após o atentado falso.
De acordo com a Polícia e a Promotoria, os investigados decidiram simular um ataque a tiros contra o veículo de Aprígio para que ele obtivesse vantagens na disputa eleitoral para a prefeitura contra seu adversário no segundo turno, Engenheiro Daniel (União Brasil).
Aprígio foi baleado em 18 de outubro, durante a campanha eleitoral do segundo turno na qual tentava a reeleição. Ele foi atingido no ombro esquerdo e chegou a ficar alguns dias internado no Hospital Albert Einstein, e as imagens dele sangrando foram amplamente exploradas em suas redes.
Ocorre que, segundo as investigações, o próprio ex-prefeito é suspeito de ter participado do plano do atentado, que foi feito pelos secretários dele.
Dias após o atentado, um suspeito de ter participado do crime foi preso pela Polícia Civil. Gilmar Jesus Santos havia sido encontrado com R$ 8 mil em dinheiro no momento em que foi abordado pelos policiais, e já tinha um mandado de prisão em aberto por não ter voltado ao presídio onde cumpria pena por roubo de carga. Mas as investigações prosseguiram, e agora se chegou à conclusão de que aliados próximos ao prefeito estariam envolvidos no crime.
Da Redação do Jornal na Net