Estação Chácara do Jockey da Linha 4-Amarela tem projeto alterado após reivindicações

Após manifestações negativas da população local, a futura Estação Chácara do Jockey da Linha 4-Amarela teve seu projeto alterado. Uma das principais mudanças está relacionada à supressão vegetal na região do parque.

A ViaQuatro, operadora responsável pelo projeto, está na etapa de emissão da  Licença de Instalação. A meta da empresa é obter aval da CETESB até março para iniciar as obras ainda no primeiro semestre.

A concessionária precisou atender à Requisição de Informações Complementares, da CETESB, com destaque para os questionamento 13 e 14 que versam sobre os estudos de alternativas com quadros comparativos com as opções de localização dos acessos da Estação Chácara do Jockey.

Projeto geral

Foram apresentadas cinco alternativas de traçado. A alternativa 1 era a original do Metrô, sendo essa descartada. A alternativa 2 foi a selecionada durante a apresentação da Licença Prévia que inclusive foi alvo de análise do site.

As alternativas 3, 4 e 5 apresentam algumas alterações mais simples em terrenos como a retirada de áreas na Estação Taboão da Serra (acesso sul) e mudanças simples no VSE 2.

No caso da Estação Chácara do Jockey, houve ampliação considerável das áreas a serem desapropriadas. O motivo é a mudança do método construtivo da estação.

A estação que seria construída originalmente através de um poço de acesso lateral e escavações em NATM será alterada para construção em VCA (Vala a Céu Aberto) com a abertura de cinco poços secantes. Este método é ideal em situações onde se encontram rochas durante a escavação.

O método adotado ampliará as desapropriações de 7,6 mil m² para mais de 14 mil m². As áreas passíveis de desapropriação estão entre as ruas Ministro Heitor Bastos Tigre e a rua Osiris Magalhães de Almeida, no lado voltado à avenida Professor Francisco Morato.

Um dos itens de maior discussão foi a construção de um acesso dentro do Parque Chácara do Jockey. Foram adotadas três alternativas em relação à proposta original.

As alternativas 3 e 4 foram mais estudadas. A primeira previa a construção do acesso a 11 metros da pista de skate. Porém, a solução ocuparia mais espaço e teria maior interferência na vegetação, com 1.054 m² de áreas afetadas.

A alternativa 4 por sua vez trouxe uma solução melhor. Com área total de 1.187 m², o novo acesso reduz mais da metade da interferência vegetal em comparação a alternativa 3 e também tem menor impacto se comparado à versão anteriormente adotada. O impacto será de 461 m².

O novo acesso está localizado a 92 metros da pista de skate em terreno que pertence à Guarda Civil Metropolitana, fora dos domínios do parque.

A alternativa 5 contemplava a supressão do acesso oeste da estação. Esta possibilidade foi descartada por não ser vantajosa para a estação.

A previsão é que a ViaQuatro possa iniciar as obras no segundo trimestre de 2025.

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