Mesmo com mais clientes, Enel cortou 36% dos funcionários desde 2019

06/11/2023 | Outro autor

Enel, que vem sendo alvo de críticas por causa do “apagão” de energia que já dura mais de 40 horas em algumas regiões de São Paulo e ainda afeta cerca de 1 milhão de pessoas, reduziu fortemente o número de funcionários desde 2019.

É o que mostram dados apresentados pela própria companhia à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entre 2019 e 2023, o corte foi de quase 36% – os números foram divulgados pela CNN.

Em 2019, a Enel contava com 23.835 funcionários e colaboradores, entre profissionais contratados pela empresa e terceirizados que vinham da antiga Eletropaulo. No fim de setembro de 2023, a força de trabalho da concessionária era de 15.366 profissionais – uma redução de 35,5% em quatro anos.

Nesse mesmo período, o universo de clientes atendidos pela Enel registrou um crescimento de 7% na região metropolitana de São Paulo, somando 7,85 milhões de consumidores em residências ou empresas.

Em 2019, a Enel tinha um funcionário para cada 307 clientes. Atualmente, cada empregado da companhia trabalha para atender um grupo de 511 consumidores, em média.

O que diz a Enel

A Enel, por sua vez, informou que “está com uma resposta de recuperação da rede mais efetiva do que em 2019”.

“Naquele ano, em uma situação de fortes chuvas, a Enel São Paulo restabeleceu o fornecimento de energia para 650 mil clientes em até 24 horas. No último sábado (4/11), após a ventania de mais de 100km/h – a mais intensa registrada nos últimos anos, com danos severos à rede de distribuição –, 960 mil clientes tiveram o fornecimento de energia normalizado em 24 horas”, afirmou a concessionária, em nota.

Ainda de acordo com a Enel, a companhia realiza um investimento médio anual de R$ 1,3 bilhão, um “volume recorde”.

Segundo a Enel, o “investimento está sendo destinado, principalmente, à digitalização e automação da rede elétrica, o que tem refletido na melhora dos indicadores de qualidade e na eficiência da companhia.

 

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