Guardas são presos acusados de tortura e sexo oral forçado em abordagem em Itapecerica

17/08/2023 | Outro autor

A Polícia Civil prendeu cinco dos seis GCMs (guardas-civis municipais) suspeitos de torturarem e obrigarem seis jovens a fazerem sexo oral uns nos outros durante abordagem em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo. Os suspeitos negam o crime.

A Justiça de São Paulo havia emitido mandados de prisão temporária contra os seis suspeitos que teriam participado da ação, ocorrida em maio. Os agentes estavam foragidos. A informação foi confirmada pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo).

Segundo a polícia, seis jovens estavam "dando grau" (empinando motos) em um parque abandonado do município, quando foram abordados pelos agentes. Uma das vítimas ligou para a mãe enquanto ocorria a ação. A gravação foi analisada por peritos e confirmou a veracidade do áudio.

Os agentes obrigaram os jovens a fazerem sexo oral entre eles, segundo apurou o SBT, além de espancá-los e torturá-los. Os guardas foram reconhecidos através de vídeos postados nas redes sociais em que os profissioanais de segurança aparecem rezando fardados. As vítimas não tinham passagem pela polícia.

Os agentes foram levados ao IML (Instituto Médico Legal) para exame cautelar e depois foram encaminhados para a Cadeia Pública. Eles aguardam a audiência de custódia, segundo a SSP-SP. As buscas prosseguem para prender o sexto investigado.

Os guardas supostamente envolvidos nas ações "foram afastados de suas funções e responderão processo administrativo e disciplinar", segundo a Secretaria de Segurança e o comando da GCM (Guarda Civil Metropolitana) de Itapecerica da Serra, em nota oficial. Os suspeitos não tiveram as identidades divulgadas.

A administração municipal ainda esclareceu que aguarda a entrega da cópia integral dos autos do inquérito "para análise e individualização de cada uma das condutas dos envolvidos". A previsão para entrega da documentação emitida pela Polícia Civil era 14 de agosto. "Salientamos que a Prefeitura irá colaborar nas investigações sempre que acionada."

"Todos que não tenham participado ficaram observando as agressões. O que a gente vai fazer é individualizar, realmente é: esse queria? Não queria? Esse se eximiu de fazer alguma coisa? Para quando o juiz for graduar a pena, se condenados, poder avaliar com senso de justiça.", afirmou o delegado Luis Roberto Faria Hellmeinster, delegado. 

 

*Com informações do site da uol

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