Especialistas orientam que pais devem assumir responsabilidade com filhos para vencer violência nas escolas

Por Sandra Pereira | 24/04/2023

Desenvolver a escuta, restabelecer diálogos sinceros, com contato visual, permitindo que os filhos exponham seus sentimentos e fragilidades, além de determinar limites e se posicionar como pais. Esses são os principais conselhos do psicanalista especializado em atendimento a crianças e adolescentes, Felipe Monteiro e da psicoterapeuta Caroline Bandeira, para melhorar a relação entre pais, mães e filhos, como forma de superar a violência nas escolas. Para os especialistas pais e mães precisam acompanhar os filhos na internet, e não respeitar a privacidade deles como se fossem adultos.

Os dois especialistas são integrantes do Instituto Lima e Monteiro, que vem trabalhando o tema violência nas escolas. Ambos defendem que os pais são os maiores responsáveis por conter a onda de violência nas escolas. Para eles, encher as escolas de polícia não resolve o problema. Os dois orientam que é preciso trabalhar o socioemocional dos alunos, sem esquecer de lidar com os sentimentos de medo, receio ou frustração, a fim de restabelecer a segurança emocional dos alunos

“A escola é feita pra gente ter as nossas primeiras experiências. É na escola que a gente aprende a gostar, que a gente sente a primeira batida do coração. É na escola que aprendemos a negociar, que desenvolvemos as relações sociais fora da família. Os pais estão super demandando a escola, mas a responsabilidade pelos filhos é dos pais”, alerta.

Para os especialistas, mães e pais devem retomar o controle dentro de suas casas, estabelecendo limites aos filhos, reduzindo o tempo de uso de celulares e equipamentos eletrônicos e promovendo o relacionamento saudável.

O foco do instituto Lima Monteiro é trabalhar em três frentes: família, professores e demais funcionários da escola.
“Às vezes o aluno tem uma ótima relação com os professores em sala de aula, mas quando bate o sinal a situação muda, porque ele não tem segurança emocional em relação às outras pessoas que trabalham na escola”, observa

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