Taboão e Embu seguirão recomendação da Anvisa e continuarão vacinando adolescentes entre 12 e 17 anos

Taboão da Serra e Embu das Artes seguirão vacinando contra à covid-19 adolescentes sem comorbidades  entre 12 e 17 anos. Em resposta à reportagem do Jornal Na Net, os dois municípios alegaram que darão sequência ao calendário estadual de imunização. Na tarde de quinta-feira (16), após fala do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pedindo a suspensão da vacina para adolescentes, o Governo do Estado de São Paulo afirmou que continuaria com a imunização após parecer técnico favorável da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 

“Taboão da Serra seguirá a recomendação da Anvisa, sobre a vacinação dos adolescentes sem comorbidades entre 12 e 17 anos. Enquanto o município estiver abastecido de vacinas, o calendário de vacinação contra a Covid-19 seguirá normalmente”, disse em nota a prefeitura de Taboão da Serra. 

No município vizinho, Embu, a medida será a mesma.A vacinação para essa faixa etária continuará normalmente e sem interrupção no município de Embu das Artes”, falou em nota a prefeitura da cidade. 

 

Decisão do Ministério da Saúde

A decisão do Ministério da Saúde causou confusão, já que a própria pasta tinha indicado, no dia 02 de setembro, a importância de vacinar essa faixa etária.

Diante do conflito de informações, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), pediu um posicionamento da Anvisa sobre a segurança da aplicação do imunizante  nos adolescentes de 12 a 17 anos. 

Segundo o portal G1, a decisão veio após o país registrar falta de vacinas para aplicação de segunda dose. Além disso, outro detalhe, é a manutenção das 12 semanas para aplicação da segunda dose da vacina Astrazeneca. Anteriormente o governo federal tinha cogitado diminuir esse intervalo para 08 semanas.

Em nota, o Governo do Estado de São Paulo criticou a posição da pasta. 

"A vacinação nessa faixa etária já é realizada nos EUA, Chile, Canadá, Israel, França, Itália, dentre outras nações. A medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além de professores que convivem com eles. "Coibir a vacinação integral dos jovens de 12 a 17 anos é menosprezar o impacto da pandemia na vida deste público. Três a cada dez adolescentes que morreram com COVID-19 não tinham comorbidades em São Paulo. Este grupo responde ainda por 6,5% dos casos e, assim como os adultos, está em fase de retomada do cotidiano, com retorno às aulas e atividades socioculturais".

Conflito de informações 

Uma das principais alegações do Ministério da Saúde sobre a interrupção da vacinação é o fato da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter dito que a imunização dessa faixa etária deveria acontecer somente em jovens com comorbidades.

No entanto, a pasta usou a informação de maneira desencontrada. Em junho, quando a OMS manifestou sua opinião, baseada em estudos, não foi dito que jovens sem comorbidades não deveriam se vacinar. Na época, representantes da organização falaram que os países deveriam priorizar a população de risco, mas em nenhum momento foi externado que adolescentes correriam riscos ao tomarem o imunizante da Pfizer. 

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