Mulher é agredida com um barra de ferro no meio da rua em Embu das Artes pelo seu ex-companheiro

18/06/2021

Uma mulher foi agredida com uma barra de ferro enquanto voltava do médico em Embu das Artes pelo seu ex-companheiro.O episódio de violência aconteceu na Rua Paquetá na região do Pirajussara. O agressor é também seu ex-professor. Ele chegou a ser preso, mas foi solto no mesmo dia.

Em conversa com o Jornal Na Net, a vítima relatou que se envolveu com o acusado quando ela tinha apenas 16 anos. Na época, ele era seu professor. Passados alguns anos, eles voltaram a se encontrar e iniciaram uma nova relação. Em pouco tempo, ela acabou engravidando, o que gerou uma revolta no acusado, já que o mesmo era casado.

Segundo a mulher, ele obrigou que ela abortasse e começou a demonstrar um comportamento extremamente agressivo. As ofensas, humilhações e ameaças se tornaram cada vez mais recorrentes.

Com medo, a vítima passou a procurar órgãos de proteção à mulher com o intuito de conseguir medida protetiva. Além disso, registrou três boletins de ocorrência. No entanto, nenhuma dessas ações impediram que o homem colocasse a sua vida em risco.

“Depois que ele me obrigou a abortar, eu não quis mais saber dele. Mas não contente ele ficava me procurando. As ameaças começaram e quando foi no último sábado, ele cumpriu a ameaça dele”, disse

A vítima voltava do médico com o seu marido quando foi surpreendida pelo agressor. Ele começou a jogar o carro em cima da mulher, ameaçando-a. Logo em seguida, saiu do automóvel com uma barra de ferro e passou a agredi-la na cabeça.

“Ninguém na rua fez nada. Todo mundo só olhava. Ele poderia ter me matado e só parou porque o sangue era muito”, relatou.

Acionados, os policiais encaminharam a vítima ao hospital, onde ela recebeu atendimento médico e levou pontos. O acusado chegou a fugir, mas foi pego horas depois dentro de uma igreja.

Na delegacia, a vítima se sentiu novamente agredida. Além do seu agressor ser solto, ela foi humilhada pelos próprios policiais que atenderam a ocorrência.

“Chegando na delegacia, ele distorceu tudinho. Ele falou que fui eu que entrei na frente da barra de ferro. Só que não foi assim. Ele não fez acidentalmente, ele jogou a barra em mim e me bateu com gosto. O delegado me constrangeu no meio de outros policiais. Parecia que eu era a criminosa e o agressor, a vítima”, contou.

Com medo do que ele pode voltar a fazer agora que está solto, a mulher se sente indignada com tanta injustiça.

“É muita impunidade. Ele poderia ter me matado. Se ele tivesse me matado, talvez ele seria preso. Mas é assim né? Ele é professor e eu perto dele não sou nada. Ele tem diploma e estudo. Tudo o que eu quero é justiça. Eu nem saio na rua com medo”, disse

Segundo pesquisa dirigida pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (IPEC), a cada minuto, 25 brasileiras sofrem algum tipo de agressão. Assim como o caso relatado na reportagem, muitas outras histórias se esbarram na violência e também na impunidade. A violência contra mulheres é um problema crônico, que precisa ser combatido. Apesar de já existirem leis que amparem as vítimas, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para combater esse tipo de prática criminosa e cruel.

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