Assassino das irmãs Jaqueline e Valéria é condenado a 35 anos de prisão
Após três longos anos de espera, a angústia finalmente acabou. Michael da Silva Sousa, 30 anos, assassino brutal de Jaqueline da Silva Souza, de 28 anos, e de Valéria Aparecida Ribeiro de Jesus, de 27, foi condenado a 35 anos de prisão nesta quinta-feira, dia 21, após ir a júri popular. As duas irmãs foram mortas friamente pelo cunhado em uma sexta-feira de 2017, dia 2 de junho.
À época, Jaqueline foi golpeada com 20 facadas e morreu na hora, já Valeria, sua irmã de consideração, foi atingida por 5 golpes enquanto segurava a filha de apenas 3 anos. Após ser ferida, ela ainda conseguiu rastejar até a escada e pedir ajuda. O homem as acusava de serem as responsáveis pelo término do seu relacionamento, que na verdade acabou por conta de suas mentiras e traições.
A família, que até hoje sofre as dores da perda das duas irmãs, se reuniram com amigos das vítimas e protestaram em frente ao fórum. Segurando cartazes com fotos de Jaqueline e Valéria, elas clamavam por Justiça para que o assassino que acabou com os sonhos das duas jovens fosse duramente condenado.
Em entrevista ao Jornal Na Net, a ex-companheira de Michael demonstrou alívio, apesar de ainda muito abalada. "A e a saudade sempre vão estar presentes, as receber a notícia da condenação dele, deu um alívio para toda familia. Sabemos que isso não irá trazer elas de volta, mas ele irá pagar pelo menos um pouco da dor que ele causou para toda família", relatou.
Jaqueline era professora de crianças especiais e tinha acabado de passar no concurso da prefeitura de Taboão da Serra. Ela ia assumir o cargo na mesma semana em que foi assinada. Já Valéria sonhava em ser enfermeira, amava cuidar da filha pequena, era muito ligada à família e servia na igreja em que frequentava.
O crime cruel mudou drasticamente a vida da família, que passou por diversos traumas e teve que mudar de casa. As crianças até hoje fazem tratamento psicológico e a ex do assassino convive até hoje com uma dor sem igual. Ao Jornal Na Net ela relatou que só percebeu que vivia em um relacionamento abusivo após muitas pesquisas e conversas com a psicóloga.
Hoje, ainda muito abalada com a dupla perda, ela faz um alerta para que outras mulheres evitem passar por este tipo de relação. “Percebi que muitas mulheres não têm ideia que estão num relacionamento abusivo. Todas fomos criados de uma forma em que ser submissa sempre é algo comum, a mulher deixar de ser ela mesma para poder agradar o companheiro. A manipulação psicológica é o que mantém esse relacionamento, o companheiro trai ou faz o que quer e depois diz que não irá acontecer novamente, isso quando não coloca a culpa na própria mulher", finaliza