Caso Murilo: polícia prende mulheres que encomendaram morte de instrutor morador de Embu

A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira, dia 14, a ex-mulher de Murilo Aparecido Belo, morador de Embu das Artes executado em janeiro deste ano pelo “tribunal do crime” após uma acusação falsa de estupro. Segundo a polícia, a mulher, de 21 anos, encomendou a morte do rapaz. Além dela, a mãe, de 64 anos, e uma amiga, de 36, também foram presas. 

O instrutor de autoescola foi sequestrado em janeiro deste ano após ser acusado pela ex-companheira de ter abusado do seu próprio filho, de 4 anos. À época, ele saiu de casa para levar a criança ao médico, mas não chegou ao destino. Dois dias depois, um vídeo começou a circular nas redes sociais mostrando Murilo rodeado por diversos homens, fazendo uma falsa confissão do estupro. O corpo dele foi encontrado posteriormente com um tiro na cabeça às margens da represa Guarapiranga, na zona sul de São Paulo

No celular da acusada apreendido pelos policiais foi encontrada uma conversa dela com a mãe e a amiga na qual falavam sobre a morte do instrutor. Segundo a polícia, Murilo foi coagido a admitir o crime pelos homens que aparecem nas imagens. Para isso, a vítima sofreu tortura física, psicológica e também foi embriagado. 

"As três teriam encomendado a morte dele, entrando em contato com criminosos que têm ligação com o tribunal do crime e alegando que a vítima teria molestado o filho, de quatro anos, fato este que não ocorreu, haja vista que a criança foi submetida a exames e nada foi constatado", explicou o delegado divisionário Marcelo Jacobucci. "Apurou-se que a razão principal deste brutal crime seria pagamento de pensão alimentícia", completou.

Também foi solicitada a prisão temporária de outros seis envolvidos identificados. Um deles é o real executor do crime, ou seja, quem atirou na vítima, e já se encontra detido em uma unidade prisional por outro delito (roubo). Além dele, outros três homens foram levados à Divisão, onde foram ouvidos.  Os dois envolvidos restantes são procurados.

Comentários