Laudo inocenta morador de Embu morto após ser acusado de abusar do próprio filho

O laudo da Polícia Técnico-Científica divulgado nesta quarta-feira, dia 5, pela Rede Bandeirantes, inocenta o instrutor de auto-escola,de Embu das Artes, Murilo Aparecido Belo, de 31 anos, morto em janeiro após ter sido acusado abusar sexualmente do filho, de apenas 4 anos.

O morador do Parque Pirajussara, em Embu das Artes, desapareceu em uma terça-feira, dia 7 de janeiro, após receber uma ligação da ex-mulher para levar o filho ao médico. Murilo saiu de casa em direção ao Jardim Rosana, mas não chegou ao destino. O carro do tio que ele conduzia, um Celta preto, foi encontrado um dia depois, na quarta-feira, dia 8, sem o aparelho de som, mas Murilo continuou desaparecido.

Já na sexta-feira, dia 10, dois vídeos começaram a circular nas redes sociais e causaram alarde e indignação. Nas imagens, Murilo apareceu rodeado de homens suportamente confessando o abuso sexual do filho.  "Eu abusei do meu filho", disse. Em outro vídeo, ele falou dos detalhes e disse que o crime aconteceu no domingo quando foi pegar o menino. Ele ainda afirmou que não usava droga, nem estava bêbado ou sob efeito de alguma outra coisa.

O corpo dele foi encontrado depois de três dias, no domingo, 12, na represa Guarapiranga, com um tiro na cabeça.

À época, a família e os amigos saíram em defesa do rapaz, dizendo que ele foi coagido a confessar o crime, e levantaram suspeitas sobre a ex-esposa do instrutor. “Se a última vez em que meu irmão viu o Raphael, meu sobrinho, foi em novembro, porque só agora em JANEIRO depois dela (mãe Ísis) ter viajar [sic] 20 dias para as festas de final de ano, ela vem o acusar?!", afirmou Mayara Belo, irmã de Murilo, nas redes sociais, questionando a acusação de estupro.

A reportagem chegou a tentar encontrar meios para falar coma ex-mulher de Murilo, mas não conseguiu contato. Assim como antes, o espaço continua aberto para que ela se manifeste caso queira.

Agora, com a divulgação do laudo, a história toma um novo rumo e aparenta colocar um ponto final na acusação de estupro. “O maior alívio dos nossos corações, que está dando um pouco mais de calma, é você poder falar para que as pessoas fiquem sabendo que nosso filho jamais faria qualquer tipo de abuso com qualquer criança”, disse Francisco Belo, pai de Murilo, à Bandeirantes. “Condenaram o meu filho sem prova e tiraram a vida dela”, completou.

Depois da morte de Murilo, a família ainda alega dificuldade em ver a criança. “O meu sobrinho foi viajar com a mãe nos períodos de festas, desde então a gente não sabe do paradeiro dela nem do meu sobrinho”, disse a irmã do instrutor. “A gente sente muito falta dele. Ele estava sempre comigo, com a minha mãe, com meu pai, a gente fazia muito passeio junto. Quando ele vinha, na verdade nós não ficávamos em casa”, finalizou.

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