Após Embu, Itapecerica discute falta de água
A falta de água constante por mais de 20 dias em bairros de Itapecerica da Serra foi o principal tema debatido na primeira sessão do ano da Câmara Municipal da cidade, nesta quinta-feira, dia 03 de janeiro. Insatisfeitos com os trabalhos prestados pela Sabesp, os vereadores pediram por soluções e ainda declararam guerra à empresa, se ela não cumprir com as clausulas contratuais. Além da Sabesp, a Eletropaulo também foi alvo das críticas dos vereadores.
“O serviço é terceirizado e o trabalho não é realizado. Renovamos o contrato com a Sabesp, mas mesmo assim eles não cumprem com as clausulas. Declaro que vamos fazer uma guerra com a empresa. A Eletropaulo ganha muito dinheiro para continuar fazendo o que quer na cidade. Muitos moradores de Itapecerica sofrem com a conta de luz que vai direto para São Lourenço, eles não tem controle administrativo e não estão nem aí com o serviço. Gostaria de convocá-los para fazer uma guerra política com eles, caso contrário vamos ficar reféns deles”, argumentou o petista José Maria.
Para o vereador Tonho Paraíba a Sabesp está uma vergonha na cidade. “Não tem condições dos moradores ficarem sem água por 10 dias”, frisou. Já para o vereador Amarildo Gonçalves (Chuvisco), a Eletropaulo está complicando a vida dos munícipes por causa da falta de energia constante, mas que a Sabesp é a principal culpada pela falta de água na cidade.
Além de Itapecerica, as cidades de Embu das Artes e Taboão da Serra também estão enfrentando o mesmo problema, a falta de água nas torneiras das residências. A insatisfação dos moradores é crescente com a prestação de serviço feita pela Sabesp e a Eletropaulo da região. Desde os primeiros dias de 2011 vários bairros das três cidades sofrem constantemente com a falta de água e luz.
Em Itapecerica a situação ficou crítica nos primeiros dias de 2011 em bairros como o Jacira, Analândia, Cinira e Valo Velho a falta de água durou mais de uma semana. Já a luz praticamente todas as tardes, acarretando prejuízos aos moradores como a queima de eletrodomésticos. Irritados com a falta de água e luz os moradores fizeram protestos e decidiram entrar com uma ação no Procon contra a Sabesp, que acaba de renovar o contrato com a cidade pelos próximos 30 anos.
