Câmara de Embu discute falta de água

Reivindicações e muita revolta marcaram a primeira sessão da Câmara Municipal de Embu das Artes que abordou a falta de água constante em bairros da cidade, nesta quarta-feira, dia 03 de fevereiro. Os moradores compareceram em peso na casa de leis e pediram soluções urgentes para as famílias que passam muitas vezes mais de duas semanas sem uma gota de água na torneira.


Gritos como, “isso é uma vergonha”, “a Sabesp precisa tratar os moradores como devem ser tratados, com respeito”, “isso precisa ser resolvido logo, porque toda a vez é a mesma coisa, ficamos sem uma gota de água nem para beber” e “quando ligamos a Sabesp diz que vai ser retomado o restabelecimento, mas não cumpre com o prometido”, foram algumas das reivindicações e reclamações dos moradores que lotaram o plenário e não concordaram em nenhum momento com as falas dos representantes da Sabesp.

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Morador reivindica pelos seus direitos


Adotando a mesma conduta dos moradores, os vereadores também pediram soluções e uma posição mais firme da Sabesp, que está realizando um serviço de crescente insatisfação aos moradores. “A Sabesp está agindo com descaso, alguns moradores de determinados bairros estão sem uma gota de água nas torneiras mais de 25 dias. Quando os moradores ligam para a Sabesp eles dizem que não consta a falta de água. Devemos ser mais rígidos, se os moradores ficarem mais de 24 horas sem água, tem que colocar uma multa na Sabesp”, afirmou o vereador Júlio Campanha.

Durante sua fala, o Gerente Regional da Sabesp, Meunim, explicou que para o sistema de bombas ser restabelecido precisa de energia elétrica por três dias seguidos, se não o restabelecimento não é possível.

“Com três dias consegue voltar a normalidade, as casas mais altas sofrem com o retorno, que não é imediato por causa da rede que demora para encher. Vocês também precisam cobrar da Eletropaulo que o serviço seja feito, porque sem energia as bombas não funcionam”, argumentou.

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Meunim explica o porque da falta de água


“Os moradores não querem saber se tem luz, vocês da Sabesp que devem procurar a Eletropaulo para resolver o problema. Precisamos de água dentro de casa é disso que precisamos”, reivindicou Júlio Campanha. Para a vereadora Doutora Bete, a Sabesp precisa trabalhar mais com a comunidade.

Silvino Bonfim, presidente da Casa, afirmou que como o próprio gerente da Sabesp se comprometeu a resolver a falta de água em 48 horas, caso haja energia, e, além disso, antes do prazo abastecer as casas com caminhão pipa, uma reunião será marcada na segunda-feira com a Sabesp e Eletropaulo, para discutir os problemas e encontrar soluções. “Se por acaso não sair nenhuma solução e o problema persistir vamos ter que organizar os vereadores e reivindicar no Governo do Estado de São Paulo. Chega de discurso queremos que o problema seja resolvido”, finalizou.

Cerca de onze representantes dos bairros que estão sendo afetados com a falta de água compareceram na sessão e relataram os problemas de abastecimento, serviços de esgoto, asfalto quebrado após obras da Sabesp, cobrança da taxa de esgoto sem que a Sabesp faça o tratamento.

Wagner Eckstein, presidente da Aversud e vereador de Taboão da Serra também esteve presente na sessão da Câmara, além do Secretário de Governo de Embu, Paulo Gianni.

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