Prefeito Jorge Costa é investigado pelo MP por irregularidades

O Prefeito de Itapecerica da Serra, Jorge Costa (PTB), é investigado pelo Ministério Público por uma série de irregularidades. Ao todo, são 12 processoes relacionados a desapropriação de irregular, desvio de verba da educação e contratação de empresas fantasmas. Costa está a 4 mandatos à frente da prefeitura. 

Uma das denúncias, feita pelo vereador Jonas Feijó (MDB) ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao MP, aponta que em um local onde deveria funcionar uma empresa de eventos contratada pela prefeitura é, na verdade, uma pizzaria. A suposta contrata recebeu da gestão mais de 100 mil desde janeiro de 2018.

O vereador ainda alegou que há mais endereços para esconder empresas fantasmas. “Verificamos as empresas que prestam serviços para a prefeitura: nestes endereços encontramos uma pizzaria, um salão de cabeleireiro e uma residência, além de casos em que não conseguimos localizar o endereço físico”, disse ele à rede Globo.

Outro processo é sobre uma desapropriação irregular. O prefeito, segundo o MP, tentou desapropriar um terreno avaliado em R$ 125 mil por R$ 1,2 milhão. A área pertence ao marido de uma ex-procuradora da cidade, que dias antes da publicação do edital da prefeitura, aumentou o preço do terreo em cartório. A operação só não foi concluída porque uma liminar da Justiça impediu o pagamento.

Jorge também é acusado de desviar verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb, para comprar cinco terrenos superfaturados, adquiridos no valor de R$ 8 milhões, confirmados por comprovantes da própria gestão. A compra dos terrenos foi em 2010 e até o momento não foi construída nenhuma escola no local. 

Além dessas denúncias, a reportagem mostrada pelo SP2, da rede Globo, também mostra que um ex-vereador, Cléber Bernandes, preso em 2015 junto com outros funcionários do Legislativo acusados de desviar R$ 2,5 milhões continua tendo acesso livre à prefeitura e ainda é o responsável por coordenar a obra de drenagem do Córrego Nove de Julho, no centro. O parlamentar só foi liberado sob a condição de permanecer longe da prefeitura.

Em nota, a gestão municipal informou que alguns processos que envolvem o prefeito e a prefeitura foram arquivados e que não há nenhuma condenação. Sobre as desapropriações,  foi dito que “não foram irregulares e há próprios públicos funcionando nos locais”. Além disso, a prefeitura também falou que “Não há nenhuma determinação judicial à Prefeitura em relação ao mencionado ex-vereador”.

Com informações dp SP2 e G1

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