Funcionários da saúde de Embu demitidos em abril ainda não receberam rescisão
Os ex-funcionários dos equipamentos de saúde da cidade de Embu das Artes que foram demitidos há dois meses alegam que ainda não receberam a rescisão contratual. O desligamento aconteceu no dia 1 de abril depois que o Instituto Edusa, responsávesl por administrar a saúde do município, foi substituído pela Associação Metropolitana de Gestão (AMG).
“Até agora nada foi resolvido”, disse indignada uma enfermeira que preferiu não se identificar. A moça estava grávida quando foi demitida e agora, as vésperas de dar à luz, alega a dificuldade financeira. “Estou sem um real. É desesperador. Um direito que eu teria ninguém está se importando com isso, é desumano”, disse.
Outro rapaz, que também não quis se identificar, informou que a última notícia que se tem é que há uma negociação em andamento. “Tanto sindicato [dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas de Cotia e Região] quanto prefeitura alegam estarem entrando em acordo ainda para saber a forma de pagamento. Se vai ser parcelado ou pago de uma vez”.
Apesar da tentativa de um acordo, o rapaz ainda alegou que o SINDBENEFICENTE tentou amenizar a situação da prefeitura para impedir uma possível manifestação “No dia da inauguração da nova recepção do Pronto Socorro Central, um grupo ameaçou ir lá protestar. Então, eles [sindicato] passaram panos frios dizendo já estarem com proposta da prefeitura em mãos. Porém, após isso desconversaram totalmente o assunto”, relatou.
A reportagem chegou a conversar com um dos representantes do sindicato, que negou a acusação. “O que houve foi tudo verbalmente e não estava marcado protesto nenhum”, disse. Ele ainda reforçou que “não tem como amenizar nada para funcionário que foi demitido dia 1 de abril e ainda não recebeu”.
A prefeitura também foi procurada e disse “ está, desde o término do contrato, reunida com a Edusa e o Sindicato Intermunicipal dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas de Cotia e Região” e que “recebeu uma proposta do sindicato há 15 dias, mas na última semana, um grupo de funcionários argumentou que o sindicato não representava a maioria. Assim, ficou decidido que eles montarão uma comissão para discutir diretamente com a municipalidade”.
O Instituto Edusa também foi questionado, mas até a publicação desta matéria, não se pronunciou.