Delegado nega que presos por furto de energia em Taboão ficaram detidos 24 horas
O delegado titular do 1ºDP Taboão da Serra, dr. Altamiro Nunes, esclareceu à reportagem que os 11 moradores acusados de furto de energia na rua Jorge Rodrigues Pascoaline, no loteamento Ponte Alta, não ficaram detidos 24 horas na delegacia, conforme haviam dito. Ainda conforme informou, registro de ocorrência de furto de energia, ao qual foram enquadrados, não passa de um hora e eles foram liberados mediante a pagamento de fiança no valor de R$ 314,85.
A ação teria ocorrido porque a Eletropaulo pediu, em novembro de 2017, ao então delegado-geral do Estado de São Paulo, dr. Youssef Abou Chain, “apoio estratégico, tático e operacional em ação de combate a furto e fraude de energia”. O requerimento, então, foi encaminhado ao 1º DP, que iniciou os trabalhos policiais.
Os moradores do loteamento informaram, no entanto, que já haviam pedido à empresa a regularização da situação, que se estende há quase 10 anos. O Ministério Público e a Prefeitura também já haviam solicitado à Eletropaulo e a Sabesb que ligassem a luz e a água no bairro.
A alegação feita pelos moradores sobre o pedido de ligamento regular é atestada em um ofício enviado pela própria AES Eletropaulo à Secretaria Municipal de Obras, no dia 24 de agosto deste ano. No documento, a empresa diz que “referente à regularização de energia no loteamento Ponte Alta, informamos que a conclusão das obras está prevista para o final de fevereiro de 2019” e que “levantamentos cadastrais, reuniões e projetos poderão se iniciar a partir de setembro de 2018".
Procurados por munícipes indignados com o caso, os vereadores demonstraram repúdio a atitude da empresa. Carlinhos do Leme apresentou requerimento cobrando explicações. Já Cido da Yafarma, presidente da comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, convocou uma audiência pública para discutir o assunto e propôs uma força tarefa para acabar com os mandos e desmandos da empresa na cidade. Além deles, Marcos Paulo e Dr. Ronaldo Onishi também saíram em defesa dos moradores.