Falta de alimentos preocupa moradores de Taboão
A paralisação dos caminhoneiros chega ao oitavo dia nesta segunda-feira 28, mesmo após o presidente Michel Temer ter anunciado algumas medidas provisórias na noite de domingo na tentativa de por um fim à greve.
Entre as medidas anunciadas está a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias e a isenção de pagamento de pedágio para eixos suspensos para caminhões vazios. Apesar disso, os caminhoneiros continuam mobilizados, com protestos em rodovias de 14 Estados com o apoio da população. Em São Paulo, o rodízio de veículos foi suspenso novamente e as vans escolares realizam protestos em alguns pontos.
As conseqüências da paralisação vão desde hospitais com falta de medicamentos; cirurgias não realizadas; supermercados e sacolões desabastecidos; postos de combustíveis sem etanol, gasolina e diesel; entre outros.
“Eu apoio os caminhoneiros, mas se a paralisação continuar mais alguns dias a situação vai ficar insuportável. Hoje não consegui ir trabalhar por falta de combustível e nos próximos dias não sei o que vou fazer”. Declarou o motoboy Maurício Porto.
Muitos pais reclamaram o fato de ter que faltar ao trabalho para ficar com os filhos, já que as cidades de Embu e Itapecerica tiveram as aulas suspensas nessa segunda-feira conforme noticiamos anteriormente.
Outro problema que vem afetando moradores de Taboão é a falta de alimentos, em alguns mercados e estabelecimentos de pequeno porte já faltam legumes e verduras.
Segundo a Senhora Andréia Ferrucci moradora da Vila Pazzine, na feira de domingo não encontrou tudo o que precisava e percebeu um aumento significante nos produtos.
“Depois da feira fui em 5 mercados e mesmo assim não encontrei o que precisava, tomara que o governo e os caminhoneiros entrem em acordo rápido porque só de pensar que pode piorar já me assusta”.
Os movimentos espontâneos nas estradas persistem e o principal deles é na Rodovia Regis Bittencourt, próximo a entrada de Embu das Artes que agrega cerca de 300 caminhões e apoiadores.