Mesmo com nova proposta do governo, caminhoneiros mantém protestos na Régis Bittencourt

Apesar das medidas anunciadas pelo Governo Federal na noite do último domingo (27), a greve dos caminhoneiros continua na rodovia Régis Bittencourt, em Embu das Artes. A manifestação completa uma semana nesta segunda-feira (28).

Os caminhoneiros liberaram as faixas da pista na noite do último sábado (26) e ocuparam o acostamento da rodovia. Dezenas de manifestantes chegaram a ser multados, mas não deixaram o local.

Nesta segunda-feira, apesar do menor número de veículos, a fila de caminhões na região ocupa pelo menos 3 km, nos dois sentidos da via. Há ainda outros três pontos de concentração dos caminhoneiros na rodovia. Veículos com cargas especiais, como medicamentos e animais, são liberados pelos manifestantes para seguir viagem.

 Segundo os caminhoneiros, eles ainda não foram informados oficialmente sobre o acordo, portanto ainda permanecem com o protesto. A maioria é composta por profissionais autônomos, que consideram os anúncios do governo insuficientes para atendê-los de forma satisfatória.

Dentre as queixas dos manifestantes estão os custos elevados de transporte e combustível e o pedágio e manutenção de veículos. Eles acreditam que apenas sessenta dias de reajuste não adiantam, mas o desejo é que o preço do combustível baixe de fato.

Neste domingo, o presidente Michel Temer anunciou várias medidas com o intuito de atender às reivindicações dos caminhoneiros autônomos:

  • Medida provisória para garantir aos caminhoneiros autônomos 30% dos fretes da Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento;
  • Outra medida provisória estabelecendo a tabela mínima de frete;
  • Redução do preço do óleo diesel em R$ 0,46 por 60 dias. Depois disso, só haverá reajustes mensais;
  • Isenção da cobrança do eixo suspenso nos pedágios de rodovias federais, estaduais e municipais.

A Régis Bittencourt é um pontos de maior movimento e resistência de caminhoneiros e, no último fim de semana, moradores da região se juntaram e se solidarizam com os manifestantes, levando doações e disponibilizando banheiros para higiene pessoal. A categoria abandonou o anonimato e se tornou, atualmente, a classe mais representativa do povo no país.

 

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