Procura por ovos artesanais aumenta nesta Páscoa

 

Basta dar uma olhada em redes sociais, como Facebook e Instagram, para ficar com água na boca. A Páscoa se aproxima e, além de movimentar o comércio das grandes fábricas de chocolates, aumenta o faturamento de produtores artesanais, que oferecem ovos de Páscoa caseiros e muito criativos.
A confeiteira Lúcia Sarmento, de 47 anos, já produz ovos desde 2001. Ela, que é moradora de Taboão da Serra, explica que este período contribui muito para dar uma guinada no orçamento. “Acredito que, com a crise, a procura por ovos caseiros aumentou, pois os produtos oferecidos em lojas, além de mais caros, não possuem o mesmo sabor dos artesanais, que é produzido de acordo com a preferência do cliente”, ela diz.
Durante o ano, Lúcia produz outros doces como pães de mel, bombons e trufas, mas é nesta época que a procura aumenta e, segundo ela, a divulgação é fundamental. “Além das indicações de clientes que já compram comigo, passei a utilizar também as redes sociais, que é um meio muito eficiente para divulgar o meu produto e principalmente as novidades, como o ovo de colher, que está sendo muito procurado este ano”, conclui.
A monitora de qualidade Rosemary Rocha, de 33 anos, moradora de Embu das Artes, não abre mão dos ovos caseiros nesta época. De dois anos para cá, ela mesma costuma produzir ovos e bombons de chocolate para presentear a família e amigos, evitando, desta forma, os altos preços. “Eu prefiro fazer, pois além de economizar, posso oferecer um produto de qualidade e com um sabor diferenciado, mais caseiro”, diz.
Além de gerar oportunidades de renda extra aos produtores caseiros, a Páscoa contribui também para a geração de empregos temporários em lojas e indústrias do setor. De acordo com dados da Associação Brasileira Da Indústria de chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), o volume de vagas em 2018 é considerada positiva, o que demonstra uma leve retomada do mercado. Neste ano, o número de empregos registrados foi de apenas 5,9% menor que nos seis meses que antecederam a Páscoa de 2017. No comparativo de 2017 com 2016, o declínio foi mais significativo, de 15%.

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