SSP-SP oferece R$ 50 mil por denúncias sobre atirador que matou Arthur
O secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, determinou o pagamento de até R$ 50 mil para quem fornecer informações que levem à identificação do autor, responsável pela morte do menino Arthur Aparecido Bencid Silva, de 5 anos, na madrugada do ano-novo no Campo Limpo, na zona sul da capital paulista. O 89º DP (Portal do Morumbi) é o responsável pela investigação que tenta identificar o autor dos disparos.
Nesta quinta-feira, 4, o exame balístico realizado pelo Instituto Criminalística de São Paulo constatou que o projétil que atingiu e matou a criança não tem relação com a arma apreendida de um homem que era considerado suspeito. Assim, a polícia descartou a participação dele no crime.
De acordo com a secretaria, a prova de uma denúncia eficaz será feita por meio de relatório, apreciado pelo secretário estadual Mágino Alves Barbosa Filho, que analisará o grau de eficiência e fixará o valor a ser pago. Essa quantia poderá contemplar mais de uma denúncia.
O programa de recompensas paulista foi criado em 2014. A resolução determinando o pagamento da recompensa nesse caso será publicada no Diário Oficial.
CASO
Arthur morreu depois de ser atingido por uma bala perdida na cabeça durante a queima de fogos no réveillon. Ele brincava no quintal da casa da família, quando caiu subitamente. Só depois de exames, os pais perceberam que um projétil de arma de fogo o havia atingido.
O laudo necroscópico apontou que o menino foi vítima de uma bala de calibre 38 que perfurou a parte superior do seu crânio. O projétil ficou alojado na região da nuca. A principal hipótese investigada pela Polícia Civil é de que o disparo tenha sido feito para cima durante as comemorações do ano-novo.
Em publicações no Facebook, familiares relataram que tentaram buscar vaga para Arthur em vários hospitais durante toda a madrugada do dia 1º, sem sucesso. Ele estava em estado gravíssimo e precisava ser atendido em uma unidade de terapia intensiva (UTI) infantil. A internação em um leito especializado só foi possível às 7 horas, no Hospital Geral de Pirajuçara, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.
COMO DENUNCIAR
A resolução SSP 28, de 03 de fevereiro de 2017, que dispõe sobre o Programa Estadual de Recompensa, retificada em 02 de março de 2017, prevê que as denúncias poderão ser feitas de três formas distintas, a saber:
1.diretamente à autoridade policial competente por qualquer meio idôneo, como e-mail, carta, telefone e/ou pessoalmente, observado o dever de sigilo em relação aos dados do denunciante;
2.via Disque Denúncia, pelo telefone 181, serviço instituído em 2000 e que possui equipe treinada com um rigoroso padrão de atendimento que tem a segurança e o sigilo como binômio fundamental para a confiança da população desde o início;
3.por meio do acesso ao Web Denúncia, que conta com dupla criptografia de dados, para proteger o anonimato do denunciante, que ao final do processo recebe um número de protocolo e uma senha para acompanhar anonimamente o andamento da denúncia, por meio de um número de cartão bancário virtual possibilita ao denunciante fazer o resgate total ou parcial da recompensa em qualquer caixa do Banco do Brasil.
Os recursos para o Programa de Recompensa são do Fundo de Incentivo à Segurança Pública (Fisp), que é administrado pela Secretaria da Segurança.
Em qualquer das modalidades acima, a prova de uma denúncia eficaz será feita por meio de relatório, apreciado pelo secretário, que analisará o grau de eficiência e fixará o valor a ser pago. Esse valor poderá contemplar mais de uma denúncia. O valor máximo pago pelo programa é de R$ 50 mil.