Audiência Pública da Saúde em Taboão

Dados apresentados na Audiência Pública de Saúde 3º Trimestre de 2010, nesta quinta-feira, 25 de novembro, na Câmara Municipal de Taboão da Serra mostram que a secretaria gastou (nos últimos três meses) R$ 42 milhões, 22,69% da arrecadação do município.

Para vereadores, funcionários de farmácias, servidores municipais e representantes da comunidade presentes, o secretário de Saúde, José Alberto Tarifa, revelou que nos três meses foram distribuídos 5.164 de kits de Diabetes (tipo 1 e 2) nas Unidades Básicas de Saúde de Taboão. Entre as ações realizadas, nos programas de saúde, foram realizados 4.084 exames de Papanicolau.

Já no Planejamento Familiar, foram realizadas 21 Laqueaduras, 283 Vasectomias e 42 implantações de DIUs. Segundo os dados divulgados o SAMU 192 atendeu 2.679 casos, em UBS nos SAMUS habilitados.  Sendo que 1.278 atendidos foram pacientes clínicos adulto.

Segundo Tarifa, 35 mulheres em idade fértil morreram durante o parto. Em Itapecerica, o número foi de duas mortes. “Somente um óbito foi constatado entre 10 e 14 anos. Já a idade critica é de 15 a 18 anos. A cidade vem se emprenhando para trabalhar na questão da gravidez na adolescência e, além disso, educando o uso de contraceptivos”, disse.

De acordo com Tarifa, em breve será criado um plantão 24 horas para os prontos socorro e zoonoses. “A ideia é criar situação de plantonista que a qualquer momento podem atender os moradores”, frisou.

Em relação ao uso racional de antibióticos, o secretário afirmou que de acordo com a Anvisa, as receitas devem ser legíveis e sem rasuras, em duas vias. “A partir do dia 28 de novembro, a venda de antibióticos só poderá ocorrer com a retenção da receita na farmácia. As embalagens e bulas terão que mudar e incluir a frase: “Venda sob prescrição médica só pode ser vendido com retenção da receita” – o prazo para a regularização é de 180 dias”, explicou.

O prazo de validade das receitas também muda a partir do dia 28 de novembro, agora será de 10 dias. “A intenção é reduzir os casos de resistência bacteriana e promover o uso racional de medicamento. A resistência bacteriana é um dos grandes problemas que a medicina vem enfrentando nos últimos anos”, observou.

Tarifa explicou que caso as farmácias não cumpram com as novas normas, uma multa que pode chegar até R$ 1 milhão pode ser aplicada no estabelecimento. “De acordo com a farmácia, questão da razoabilidade”, concluiu.

A Organização Municipal de Saúde (OMS) divulgou que cerca de 50% das prescrições mundiais de antibióticos são incorretas. O estudo indica que em 70% dos casos, a medicação é tomada por conta própria e sem necessidade.

Acompanharam a audiência pública, vereadores: Cido (presidente da Comissão de Saúde), Macário, Carlos Andrade, Wagner Eckstein, Paulo Félix, Olívio Nobrega, Natal, Alexandre Depieri e Arnaldinho. A presidente do Conselho de Saúde (Selma) e Dr. Fábio – Iacta Saúde também participaram da audiência.


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