Embu e Itapecerica fazem testes anti-HIV até 1º de dezembro
As cidades de Itapecerica da Serra e Embu das Artes começaram no início desta semana, a Campanha Fique Sabendo, que visa incentivar a realização do teste anti-HIV, que diagnostica o vírus causador da Aids. O teste pode ser feito em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios até o dia 1º de dezembro.
Nas duas cidades, o exame é realizado através do sangue. “É necessário tirar uma ampola e o resultado fica pronto entre 30, 40 dias”, explicou Geanne Greggio aconselhadora da UBS central de Embu.
Em Embu o atendimento acontece das 8h às 15h. Já em Itapecerica, os exames só acontecem até 13h devido ao sangue que não pode ficar armazenado de um dia para o outro na unidade. “Precisamos encaminhar para o Instituto Adolfo Lutz e os resultados são retirados no Centro de Especialidades Municipal (CEM). O resultado é totalmente sigiloso”, observou Isabel Cristina responsável pela UBS Salvador de Leone de Itapecerica.
A estimativa de Embu das Artes é atender cerca de 1.200 moradores da cidade. Já em Itapecerica, a estimativa é de que 6 mil moradores e funcionários da prefeitura façam o teste de HIV. “Estou encaminhando um e-mail para as corporações da Guarda Civil Municipal e Defesa Civil para que eles realizem o exame”, disse Isabel.
Nas duas cidades, o morador que detectar através do exame a doença passa por um acompanhamento psicológico e, além disso, pode contar com os remédios (Coquetel – com cinco comprimidos) que são distribuídos gratuitamente nas farmácias das Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios. “Ainda há muito preconceito, por este motivo alguns moradores de outras cidades ou fora de seus bairros realizam o exame em unidades diferentes. Eles têm medo de sofrerem qualquer represália dos amigos, vizinhos e familiares”, contou Geanne.
O Centro de Especialidades Municipal (CEM) realizará testes rápidos de HIV, das 8h às 15h nos dias 27 e 28 de novembro. O teste rápido de AIDS fornece o resultado em 15 minutos e só pode ser feito nestes dois dias.
De acordo com as entrevistadas o grupo de risco é diferente dos anos 80, onde o número de pessoas infectadas era em sua maioria os Homossexuais. “Agora o grupo de risco é sem dúvida as mulheres casadas, que confiam em seus maridos e não pedem para usar a camisinhas durante a relação sexual. Os casos da região variam entre 20 e 70 anos. Poucos jovens e crianças, o número de mulheres com mais de 40 anos aumentaram muito”, finalizou Geanne.
Você sabe a diferença entre HIV e Aids?
Muitas pessoas acham que se trata da mesma coisa, mas o HIV é o vírus da imunodeficiência humana e a Aids é a doença provocada pelo vírus. A pessoa pode estar infectada pelo HIV e não estar doente. A Aids pode levar até 10 anos para aparecer. Quando alguém está infectado, o HIV destrói as células de defesa, o organismo enfraquece abrindo caminho para outras doenças, manifestando, assim, a Aids.
Mas Atenção! A pessoa com HIV, mesmo não tendo Aids, pode transmitir o vírus. Por isso, a importância da camisinha em todas as relações sexuais e não utilizar agulhas e seringas já utilizadas por outras pessoas.
Por que fazer o teste de Aids?
A Aids ainda não tem cura, mas tem tratamento. Os medicamentos oferecidos a todos os pacientes com Aids são garantia de qualidade de vida. Quem tem o HIV e não sabe, além de não estar se cuidando, pode transmitir o vírus involuntariamente.
O medo e o preconceito não podem mais ser motivo para que as pessoas não façam o teste anti-HIV. Quanto antes for feito o diagnóstico, maior a possibilidade de adaptação ao tratamento, caso o resultado seja positivo. Isso pode levar o paciente a viver muito mais e com qualidade de vida.
Estima-se que existam 600 mil portadores do HIV no Brasil, mas apenas 200 mil sabem que têm o vírus. Fazer o teste e ficar sabendo o resultado pode ser uma decisão difícil, mas é um passo decisivo no controle da Aids.
Quando fazer o teste?
• Toda gestante durante o pré-natal;
• Quando tiver alguma doença sexualmente transmissível (DST);
• Pelo menos dois meses após relação sexual anal ou vaginal sem camisinha;
• Pelo menos dois meses após compartilhar seringas ou agulhas (uso de drogas injetáveis, tatuagens, pircing).
Informações sobre HIV e AIDS – Brunno Rocha (Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Embu das Artes)