Estado amplia tratamento de esgoto para mais 1,2 milhão de pessoas na região de Taboão e Embu

Na Semana do Meio Ambiente, o Governo do Estado entregou mais 2.500 litros de água limpa por segundo para o rio Tietê. Este é o resultado do investimento de R$ 390 milhões feito pela Sabesp na ampliação da Estação de Tratamento de Esgotos de Barueri, a maior da companhia. Com a ampliação, a unidade passa a tratar o esgoto de mais 1,2 milhão de pessoas – o equivalente à população de Campinas.

A ETE, que processava 9.500 litros por segundo (o equivalente ao esgoto gerado por 4,5 milhões de pessoas), agora trata 12 mil l/s (ou seja, salta para 5,7 milhões de moradores). Foram implantados também mais de 230 quilômetros de tubulações, entre interceptores, coletores-tronco e redes coletoras, que têm a função de retirar os efluentes dos imóveis e transportá-los para a estação. A cada segundo, são mais 2.500 litros de esgoto agora tratado, oriundo do centro e das zonas sul, norte e oeste da
capital e das cidades de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Osasco e Taboão da Serra. Significa retirar 216 milhões de litros de esgoto por dia dos rios, inclusive do Tietê.


Até o final deste ano, será entregue a segunda etapa da ampliação, e a estação passará a operar com capacidade para até 16.000 litros por segundo de tratamento de esgoto. Com isso, 561 milhões de litros de efluentes por dia deixarão de ir para os rios sem tratamento.


As obras, financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), fazem parte do Projeto Tietê, que vem contribuindo para a revitalização progressiva do principal rio de São Paulo. As intervenções foram realizadas com a estação em operação, envolvendo 580 profissionais. Com paradas estratégicas planejadas, nenhum litro deixou de ser tratado
durante os trabalhos.

Na estação de tratamento, foram entregues quatro novas grades médias; caixa de areia com quatro sistemas de remoção contínua; oito novos decantadores primários; oito novos tanques de aeração; oito novos decantadores secundários; ampliação da elevatória de excesso de lodo; novo edifício com três novos sopradores; novos sistemas de gradeamento de lodo primário (6 grades) e de excesso (3 grades); e 4 adensadores por gravidade.

Em relação às tubulações instaladas para transportar o esgoto até a estação, a cidade de São Paulo recebeu 66,5 quilômetros de coletores-tronco e mais 81,6 quilômetros de redes coletoras. Osasco recebeu 15,8 quilômetros de coletores-tronco e mais 3,9 quilômetros de rede coletora. Em Itapevi foram feitos 18 quilômetros de coletores-tronco
e em Itapecerica da Serra, 10,7 quilômetros de rede coletora.


Taboão da Serra recebeu 8,4 quilômetros de coletores-tronco e 2,4 quilômetros de rede. Em Jandira, 7,3 quilômetros de coletores-tronco foram feitos para levar o esgoto doméstico até a ETE. Em Barueri foram construídos 6,4 quilômetros de coletores-tronco e 1,5 quilômetros de rede coletora. O município de Carapicuíba recebeu mais 6,6 quilômetros de
coletores-tronco e mais de 400 metros de rede coletora. Cotia recebeu mil metros de rede e Embu das Artes, 661 metros de coletores-tronco, tubulações necessárias para que o material coletado de cada imóvel dessas cidades conseguisse chegar até a ETE.


Projeto Tietê


A ampliação da ETE faz parte do Projeto Tietê, que já investiu US$ 2,7 bilhões em coleta e tratamento de esgoto na Grande São Paulo, desde 1992. Entre 1992 e 2008, o projeto aumentou a coleta de esgoto de 70% para 84%, e o tratamento de 24% para 70%, beneficiando 8,5 milhões de pessoas.

O Projeto Tietê tem resultados claros, com a redução significativa da mancha de poluição do rio – que diminuiu 393 quilômetros de 1993 até hoje. Em pouco mais de 20 anos de obras do programa, a Sabesp passou a tratar os dejetos de uma população equivalente à de Londres.


No início das ações do Projeto Tietê, a mancha de poluição avançava em 530 quilômetros no rio, no trajeto de Mogi das Cruzes na grande São Paulo até o reservatório de Barra Bonita no interior. Em 2016, a mancha de poluição é de 137 quilômetros de extensão, de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, a Cabreúva, no interior, segundo monitoramento da ONG SOS Mata Atlântica. Isso significa que a mancha de poluição do rio Tietê recuou 393
quilômetros – ou 74%.

 

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